Startup chinesa usa realidade virtual na reabilitação de usuários de drogas

Por João Ortega
18 de setembro de 2019 às 16:41 - Atualizado há 1 ano

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A startup chinesa WonderLab criou uma solução que utiliza realidade virtual (VR) e inteligência artificial (IA) para medir o vício de usuários de drogas em reabilitação. Segundo apuração do South China Morning Post, a avaliação se dá por meio de uma imersão em VR numa situação recorrente de uso de drogas.
Uma das imersões desenvolvidas, por exemplo, coloca o usuário dentro de um carro estacionado em um beco escuro à noite. Uma personagem feminina está sentada no banco do passageiro e pergunta ao sujeito do teste se ele quer fumar metanfetamina com ela. A moça acende a droga e enche o carro de fumaça. Então, aparece um segundo cachimbo bem à frente do viciado.
Ao longo de toda a experiência de realidade virtual, o usuário fica conectado a diversos sensores. Estes monitoram batimentos cardíacos, ondas cerebrais e a condutividade elétrica da pele. Os dados obtidos são processados por um sistema de inteligência artificial que gera uma “pontuação de fissura”, que avalia o nível do vício.
De acordo com Li Dai, fundador e CEO da healthtech sediada em Pequim, o algoritmo foi alimentado com cerca de 10 mil casos de vício em drogas. Os dados monitorados pelos sensores durante a experiência de alta vulnerabilidade do usuário em reabilitação são comparados às informações da base para gerar a “pontuação de fissura” final.
Hoje, a WonderLab opera em centros de reabilitação de dez cidades chinesas. A China tem 2,4 milhões de usuários de drogas, segundo informações do Governo Central. Desses, cerca de metade tem histórico de uso de metanfetamina.
Polígrafo do vício
“Simplificando, a solução pode ser vista como um polígrafo do vício em drogas”, explica Li Dai. “Avaliações costumam vir de questionários, que, além de subjetivos, não são quantificáveis. É como medir a febre sentindo o calor da pele, enquanto nossa tecnologia é o termômetro”. De acordo com a WonderLab, a avaliação tem assertividade de 90%.
Segundo o fundador da healthtech, o segredo para melhorar a tecnologia – e desenvolver soluções similares em outros campos do estudo humano – está no cérebro. “Há, aproximadamente, 86 bilhões de neurônios no cérebro humano, o que torna todo o processo de monitoramento bastante complexo”, diz. “Com machine learning, esperamos treinar o algoritmo para que ele consiga descartar as ondas cerebrais irrelevantes para a questão que está sendo avaliada”.
Hoje, a WonderLab também desenvolve um sistema semelhante para identificar pacientes com depressão por meio de imersões em realidade virtual. Os próximos passos, de acordo com Li Dai, visam o diagnóstico e tratamento da esquizofrenia e Alzheimer.

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