Fintech PRAVALER oferece financiamento estudantil como alternativa ao FIES

Por Tainá Freitas
10 de fevereiro de 2020 às 19:10 - Atualizado há 1 ano

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A educação superior no Brasil segue por um período de consolidação. O setor sofre as consequências de diversas mudanças do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) após um período de crise em 2015. De acordo com Javier Martinez, diretor do Morgan Stanley, a economia no setor de graduação no Brasil entrará em uma recuperação cíclica a partir de 2021, até 2024.
Neste período, a expectativa é que a oferta de financiamento público diminua, enquanto a da iniciativa privada cresça. Simultaneamente, é previsto também o crescimento de pagamento próprio do bolso de cada estudante — o que é chamado de “out of pocket” — e do ensino à distância.
A iniciativa privada é composta por quatro diferentes frentes: bancos, as próprias universidades, empresas e… fintechs. As startups com soluções financeiras estão criando seus recursos para impactar na educação. Este é, por exemplo, o caso da PRAVALER.
A startup foi criada em 2001 e oferecia, inicialmente, antecipação de recebíveis para faculdades. Em 2006, assumiu o nome PRAVALER e passou a oferecer créditos para os alunos. Hoje, a companhia possui cerca de 400 funcionários e já realizou financiamento para mais de 160 mil pessoas. A startup conta com parcerias com bancos e um fundo de R$ 3 bilhões de reais concedido por mais de 100 investidores.
“Precisamos parar de falar que o crédito estudantil é caro — ele é restrito”, contou Carlos Furlan, CEO da fintech, em um evento para jornalistas. A startup hoje oferece o financiamento sem juros para estudantes (apenas com o ajuste da inflação) através da parceria com universidades. Quando o crédito não é subsidiado, o aluno paga, em média, 0,9% a.m. com financiamentos a partir de 0,53% a.m.
A análise de crédito
A fintech utiliza a tecnologia para analisar o risco do financiamento e decidir se poderá oferecê-lo. A PRAVALER considera a universidade escolhida, curso e empregabilidade no mercado. Para ser aprovado, o aluno (ou um garantidor) precisa ter como renda pelo menos o dobro do valor da mensalidade do financiamento.
“Sempre fomos preocupados com uma análise de crédito de qualidade, porque é um produto que não se brinca com inadimplência. Priorizamos mais a robustez na análise de crédito do que o crescimento de alunos beneficiados”, conta Rafael Baddini de Paula, sócio-diretor da PRAVALER, em entrevista exclusiva à StartSe. Em caso de inadimplência, a startup custeia os prejuízos, mesmo no modelo em que os juros são subsidiados pelas universidades.
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A concessão de crédito é realizada a cada seis meses, seguindo o modelo estudantil de semestres. O aluno poderá ter o serviço não renovado caso algo mude em sua avaliação. “O que falamos é que a única garantia de renovação é de que ele pague os boletos em dia. Se atrasar com consistência, muito provavelmente ele não será renovado, porque não queremos deixá-lo criar uma bola de neve de dívida”, explica Baddini.
Financiamento x bolsa de estudos
Hoje, o Banco Itaú é controlador de 42,49% da PRAVALER. A fintech e o banco se aproximaram após um acordo comercial, em que a PRAVALER cuidava da carteira de clientes herdada do financiamento estudantil herdado do Unibanco. Além do Itaú, a empresa conta com uma parceria com o Banco Votorantim.
O dinheiro em caixa permite que a PRAVALER possa oferecer o financiamento, que acaba concorrendo com as bolsas de estudos. A companhia defende que as bolsas devem ser oferecidas pontualmente para as pessoas que não possuem condições, e que, por exemplo, frequentaram o ensino público durante toda a vida. “É mais fácil dar uma bolsa do que um financiamento para um aluno”, comentou Furlan, CEO da fintech.
A PRAVALER destaca ainda que, no financiamento, existem mais possibilidades de escolha, pois não são todas as universidades que oferecem bolsas de estudos. “Quando o aluno possui um financiamento, ele escolhe o que realmente deseja cursar, não o que pode pagar”, explicou.
Hoje, a PRAVALER oferece financiamento estudantil para cursos presenciais, mas testa oferecer o produto para opções online e intercâmbio. A companhia realizou R$ 250 milhões em receita em 2019 e possui mais de 500 instituições de ensinos parceiras. Para o futuro, o “sonho grande” é de atender 1 milhão de alunos — e a expectativa é de que isso aconteça em cinco anos.

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