Como os carros autônomos transformarão a vida das pessoas?
Por Isabella Câmara
21 de agosto de 2018 às 10:38 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
As pessoas gostando ou não, os carros autônomos estão a caminho e muitos, inclusive, já estão em fase de teste ao redor do mundo. De acordo com o Business Insider, a maioria das montadoras se comprometeu a disponibilizar seus sistemas semi-autônomos até 2020, e muitos especialistas do setor preveem que apenas alguns anos depois disso, os carros totalmente autônomos andarão normalmente pelas ruas.
Frente a essas perspectivas, João Paulo Navarro, arquiteto de soluções da NVIDIA, acredita que, no momento em que uma sociedade ter toda a sua força de mobilidade voltada para os veículos autônomos, ela será beneficiada em diversos sentidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, por exemplo, até 2023, cerca de 2,2 milhões de pessoas irão morrer a cada ano em consequência de acidentes de trânsito – no entanto, os carros sem motoristas, de acordo com Navarro, serão os únicos capazes de reduzir drasticamente o número de acidentes. “Se você tem todos os veículos na estrada, dirigindo de maneira autônoma, você reduz risco de acidentes causados pelo sono, perda de controle e ultrapassagem perigosa”.
Além disso, os veículos são construídos para otimizar a eficiência na aceleração, frenagem e variação de velocidade, fatores que ajudariam a aumentar a eficiência de combustíveis e reduzir as emissões de carbono. Com a implementação dos carros autônomos, um dos grandes beneficiados também seriam as próprias pessoas – segundo a McKinsey, o tempo mundial poupado todos os dias pelos carros sem motorista podem totalizar até um bilhão de horas, o que também pode aumentar a produtividade e eficiência.
Os carros autônomos não só ajudarão a reduzir acidentes de carro e aumentar a produtividade, mas diminuirão drasticamente o congestionamento. De acordo com um relatório da KPMG, os veículos poderiam aumentar a capacidade das rodovias em até 500%, o que é sinônimo de menos tráfego e menos tempo desperdiçado. “Com os carros autônomos, é possível fazer o controle de tráfego porque os carros podem se comunicar e definir rotas mais inteligentes, bem como qual a velocidade adequada para andar em determinada via. Tudo isso evitaria o congestionamento”, explica Navarro.
Segundo Navarro, além de impactar a vida dos indivíduos em nível pessoal, os carros autônomos também vão influenciar outras esferas da sociedade. “O comércio e a indústria podem se beneficiar desses carros e, o transporte de cargas, por exemplo, é um setor que pode ser otimizado pelo uso desses sistemas autônomos ao ter seu custo reduzido”. Porém, por outro lado, essas tecnologias substituirão a mão de obra dos caminhoneiros – que terão que ser requalificados em profissões que ainda não existem.
Os carros autônomos no Brasil
Mas antes de implantar a tecnologia em grande escala, é preciso resolver fatores relacionados à legislação, infraestrutura e tecnologia. De acordo com um estudo da KPMG, o Brasil ficou em 17º lugar no ranking de aptidão para receber os carros autônomos, que contava com 20 países, no qual Holanda, Singapura e Estados Unidos ficaram com as três primeiras posições.
Apesar das dificuldades estruturais que o país enfrenta, já existem hoje no Brasil diversos projetos envolvendo a construção de carros autônomos. É o caso do Iara (Intelligent Autonomous Robotic Automobile), um projeto da Universidade Federal do Espírito Santo que fez um veículo autônomo brasileiro trafegar em vias urbanas e em rodovias sem intervenção humana. Ao todo, foram 74 km percorridos entre o campus de Goiabeiras, em Vitória, e a praia de Meaípe, em Guarapari, em 105 minutos.
“No caso da UFES, o carro que circula dentro do campus da universidade está no nível 5 de automação, ou seja, ele é 100% autônomo”, explica Navarro. Porém, de acordo com o arquiteto da NVIDIA, ainda serão necessários de 5 a 10 anos para que um projeto envolvendo carros autônomos saia do meio acadêmicos e seja implantado em larga escala no país.
Não podemos ignorar essa tendência: os carros autônomos são o futuro da mobilidade. Para falar sobre o assunto, João Paulo Navarro, que é arquiteto de soluções da NVIDIA, palestrará no Mobility Day, um evento sobre as principais inovações e disrupções da mobilidade urbana. Não perca!

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários