CEO da Thought for Food: “o Brasil representa o futuro da inovação na agricultura”
Por FoodVentures
18 de setembro de 2018 às 12:51 - Atualizado há 3 anos

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A CEO da organização não-governamental, Christine Gould, explica, em entrevista à Época Negócios, porque o Brasil foi escolhido para sediar o Thought for Food Summit 2018 e quais são os principais desafios e oportunidades para as cadeias produtivas globais da alimentação atualmente.
Para o pessoal da Thought for Food, o Brasil é um berço de inovação na área da agricultura (principalmente) pois, além do seu potencial produtivo, o país também apresenta uma população concentrada em grandes áreas urbanas, o que traça um paralelo com o tanto de áreas de cultivo que o Brasil também suporta.
A Thought for Food não se considera uma aceleradora de startups, seu objetivo é potencializar os empreendedores do ramo de alimentação e agricultura, gerando mudanças no setor que sejam verdadeiramente transformadoras. Contando com a nova consciência e visão de mundo da atual geração, a organização acredita que um mundo mais inclusivo e colaborativo pode ser nutrido (do ponto de vista social) e isso influencia diretamente no sistema produtivo global de alimentação.
O Summit 2018 foi realizado no Rio de Janeiro no final de julho. Reuniu diversas startups do ramo #foodtech, empreendedores, representantes da grande indústria alimentícia e jovens lideranças do campo da inovação – todos com o objetivo em comum de discutir sobre os desafios de alimentar o mundo sem esgotar nossos recursos naturais.
Estudos mostram que em 2050 teremos mais de 9 bilhões de pessoas no planeta, e será preciso muita inovação e maneiras de produção sustentáveis para atender toda essa demanda. Nosso dever é garantir que poderemos conciliar produção agrícola e crescimento econômico com a preservação de reservas naturais e com a preservação das comunidades indígenas e seus conhecimentos de práticas sustentáveis.
O crescente nicho das startups apresenta esse perfil: mentes jovens que pensam em mudanças significativas e não apenas dinheiro rápido. No Brasil, já temos a vantagem de uma agricultura competitiva e uma diversidade de campos a serem revolucionados – desde exportação, a fair trade e conexão de pequenos produtos com o mercado de consumo.

A Thought for Food também acredita que é possível conciliar o modelo agroindustrial de larga escala tão presente e bem-sucedido no Brasil com a agricultura de pequenas propriedades que são mais sustentáveis; a tecnologia aliada à agricultural orgânica, alta produção associada à alta sustentabilidade, produtos tradicionais sendo reintroduzidos no mercado através de novas iniciativas e reformulações.
Afirma Gould: “Temos muito que aprender uns com os outros. No evento da TFF, tivemos a presença de empresas ligadas ao setor de agrossilvicultura, e grandes indústrias, como Basf ou Syngenta, e ninguém estava aqui para advogar um ponto de vista, mas para ouvir, com a mente aberta, aprender e mergulhar nos problemas que temos de enfrentar.”
Ela lista as tecnologias mais impactantes setor de agricultura e alimentação para o futuro como sendo o setor de dados, inteligência artificial, machine learning e biologia sintética (que consiste na criação de sistemas biológicos).
“Produzir o leite sem a vaca é o tipo de coisa que permitiria desenhar todo um sistema de alimentação desde o princípio, o que é fascinante. Por outro lado, isso levanta uma série de questões. Quando discutimos o futuro das fontes de proteína na alimentação, de um lado temos a possibilidade de produzir carne sem sofrimento animal, de forma sustentável. No entanto, você poderia afetar seriamente a vida de milhões de produtores que dependem da criação de animais. Sem falar na questão da propriedade intelectual e dos monopólios que poderiam ser criados a partir do uso dessa técnica. Como em tudo na vida, a tecnologia tem externalidades. Sempre precisamos ponderar esses efeitos”, afirma.

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