Fintechs evoluem a passos largos no Brasil, diz sócio de 5 startups
Por Sílvio Crespo
5 de Maio de 2017 às 13:02 - Atualizado há 5 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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O mercado de fintechs no Brasil está “evoluindo a passos largos”.
Estas são palavras do empreendedor Marcelo Maisonnave, fundador da XP Investimentos e hoje sócio de cinco startups no país.
Formado pela Singularity University da Califórnia, Marcelo é um empreendedor aficionado em fintech. Ele divide seu tempo entre o Vale do Silício e as startups que está criando, nos setores de investimentos, crédito, pagamentos, câmbio e seguros. São elas a Warren Gestão de Recursos, a BeeTech, a Monkey Exchange e a FitBank, além do próprio StartSe.
O crescimento explosivo do ecossistema brasileiro de fintechs levou Marcelo a tomar a decisão de voltar a morar no Brasil a partir de junho, depois de uma temporada de 2 anos e meio nos Estados Unidos.
Tive a oportunidade de bater um papo com ele esses dias sobre os rumos e os desafios das fintechs no Brasil. Abaixo, os principais trechos da conversa.
Como está o mercado de fintechs no Brasil hoje, em comparação com os EUA ou outros países?
Marcelo Maisonnave: Dadas as proporções de tamanho de mercado, o Brasil está evoluindo a passos largos. Vejo um movimento de empreendedores ocupando os espaços que também existem aqui [nos EUA], todo esse “range” de segmentos, que seriam pagamentos, investimento, crédito e outros.
Também estou vendo um interesse muito grande nas “regtechs”, ou “regulation techs”, que são as empresas que usam a tecnologia para atacar a burocracia. Então estou super animado em ver esta cena se desenvolver.
Quais são os principais sinais da evolução do mercado?
MM: Eu vejo um número crescente de fintechs e de novos empreendedores buscando esse mercado. Já se fala em mais de 200 fintechs no Brasil. Vejo também a qualidade dos fundadores. São pessoas que vêm com experiência no mercado financeiro e agregam a tecnologia que está nascendo.
Além disso, os bancos se mostram preocupados e estão se adaptando à realidade. Tenho visto iniciativas do Itaú, Bradesco, da Caixa com a Youse Seguros, o Banco do Brasil melhorando os seus apps… Estou vendo só evolução e é cada vez mais rápido.
Existe alguma característica que diferencia o Brasil do resto do mundo, em termos da cena de fintechs?
MM: Na verdade não é só no Brasil, mas cada país tem uma regulação diferente, e as fintechs dependem muito de regulação.
É muito difícil uma fintech entrar no Brasil, porque ela vai precisar de muita adaptação. As fintechs funcionam melhor dentro de jurisdições específicas, ou precisam se ajustar.
Qual é o maior desafio das fintechs brasileiras hoje?
MM: O desafio é chegar ao amadurecimento. Primeiro é conseguir aplicar boas ideias em produtos financeiros e depois passar pelo vale da morte, que é a conquista do lucro.
A gente vê o NuBank, que é um super sucesso, e agora precisa se tornar uma empresa lucrativa. As startups precisam se tornar lucrativas para alcançar um impacto maior no mercado e na sociedade.
Saiba como fazer parte desse ecossistema
Para fazer parte do ecossistema global de fintechs, você pode cadastrar sua startup na MEDICI e na Startse Base.
A MEDICI é uma base de dados que conta hoje com mais de 7.000 fintechs de todo o mundo. Ela pertence à Let’s Talk Payments (LTP), empresa global de conteúdo e pesquisas sobre o setor.
A StartSe Base é a maior base de dados de startups do Brasil, com mais de 5.000 empresas cadastradas.
Registrando a sua fintech nas duas, ela vai ganhar visibilidade junto aos principais investidores nacionais e estrangeiros.
Sobre a Let’s Talk Payments
A Let’s Talk Payments (LTP) é a principal plataforma de conteúdo e pesquisas sobre fintechs no mundo. Mais de 400 instituições financeiras e 90 programas de inovação recorrem à LTP para obter informações sobre as empresas que estão disruptindo o setor financeiro.
Esta entrevista foi realizada por Sílvio Crespo, colaborador regular da LTP, focado no mercado de fintechs do Brasil. Ele é CEO da SGC Conteúdo e autor do blog Dinheiro pra Viver.
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