Efeito Uber? Executivos de teles agora consideram o WhatsApp uma ”ameaça”
Por Júlia Miozzo
5 de agosto de 2015 às 11:24 - Atualizado há 7 anos

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SÃO PAULO – Embora seja o favorito dos brasileiros, o WhatsApp é uma ameaça das grandes para as empresas do setor de telecomunicações. O aplicativo permite que os usuários se comuniquem através de mensagens de texto e de voz utilizando apenas a internet em seu celular. E naturalmente isso derruba receita das operadoras de telefones celulares, que começam a se pronunciar contra o aplicativo.
Um dos principais problemas do WhatsApp, conforme o presidente da Telefônica Brasil, Amos Genish, disse ao Estado de S. Paulo, é a segurança e a falta de isonomia: o aplicativo não possui regras fiscais, jurídicas e regulatórias, o que dificulta o monitoramento das mensagens e permite que seja utilizado em atividades ilegais.
Para ele, o WhatsApp é uma “operadora” que está “operando ilegalmente” no Brasil por conta desta falta de regulação. Ele também reforça que as operadoras não devem formar parcerias com o aplicativo e que não a faz por uma “questão de princípios”.
A opinião de José Félix, presidente da América Móvil Brasil, não é diferente: ele afirma ao mesmo jornal de que o impacto que os novos aplicativos de mensagens tem na receita de SMS e mensagens de voz e se diz preocupado com a “falta de equilíbrio” entre o WhatsApp e as operadoras tradicionais.
No início do ano, o Facebook, atual detentor do WhatsApp, divulgou que mais de 800 milhões de pessoas utilizam o aplicativo diariamente, com mais de 30 bilhões de mensagens enviadas. No Brasil, ele é o quarto maior aplicativo da internetl.
Não é a primeira vez que players tradicionais se veem prejudicados por novas tecnologias e se juntam para enfrentá-la. A chegada do Uber tem gerado problema semelhante com taxistas, que enxergam o novo aplicativo como “concorrência” de seu serviço que também não possui a mesma regulamentação e não possui isonomia.
No Brasil e em outros países, taxistas protestam contra o serviço e a empresa, atualmente a startup mais valiosa do mundo, avaliada em mais de US$ 50 bilhões. Esse “efeito Uber” deve continuar a ser visto em outros segmentos, conforme continue a incomodar empresas e indivíduos da economia tradicional.

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