Dono tira aplicativo mais baixado na App Store do ar com medo de destruir a web

Por Da Redação
18 de setembro de 2015 às 15:26 - Atualizado há 7 anos

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SÃO PAULO – Chegar ao topo da lista de mais baixados de uma grande loja de aplicativos é para poucos. O empreendedor Marco Ament conseguiu ao criar o aplicativo Peace, o mais baixado desde o lançamento do iOS 9 – e que custa US$ 2,99.
Mas ao invés de comemorar o sucesso pessoal, Armend resolveu tirar o aplicativo do ar e devolver o dinheiro para quem já o tivesse baixado – explicando seus motivos em um post em seu blog. De maneira simples: o seu aplicativo era uma ferramenta muito, muito perigosa que poderia acabar com boa parte da internet.
“Ter esse sucesso com o Peace não me faz sentir bem, o que eu não antecipei, mas deveria ter antecipado”, avisa. Ele destaca que o Peace, um ad-blocker, deveria vir com um grande asterisco: ao beneficiar algumas pessoas que não querem ver anúncios nos sites, ele também prejudica outros, principalmente criadores de conteúdo na internet que sobrevivem dos anúncios, agora bloqueados. Como o StartSe InfoMoney.
O Peace bloqueava todos os anúncios e acabava prejudicando a arrecadação das empresas de internet. Para ele, esse tipo de aplicativo é necessário para agilizar a web, mas bloquear todos os anúncios é uma decisão muito “preto no branco” sem conseguir ver que a questão, na verdade, é bem cinzenta.
A questão dos anúncios é uma guerra entre as partes interessadas e pode ser bastante danosa para a web, acredita Arment. Bloquear os anúncios pode acabar com a internet tradicional e fazer com que apenas algumas fontes de informação sobrevivam, cobrando por esse conteúdo através de seus aplicativos – efetivamente dando poder para Apple e Google terem uma espécie de “poder de veto” sobre as principais fontes de conteúdo.
“Eu sei que tirar o Peace da loja dois dias depois do lançamento será imensamente impopular e vai me submeter a uma torrente de insatisfação”, escreveu Arment. Porém, ele acredita que não compactuar com algo que pode danificar a vida de muitos será melhor para ele. “Essa é a minha paz”, termina.

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