Deputado do PSOL dá uma explicação surpreendente do fenômeno Uber e startups

Por Da Redação
27 de julho de 2015 às 10:08 - Atualizado há 7 anos

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SÃO PAULO – O Uber é um fenômeno, sem dúvidas. Divide opiniões que variam entre “esse aplicativo é genial, revolucionou o transporte na cidade” para “é uma porcaria, está destruindo o serviço de táxis e precarizando o trabalho”, o fato é que o Uber conseguiu tirar do governo um dos seus poderes: a administração do serviço de transporte público nas cidades.
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Essa era a intenção do fundador, um homem de tendências libertárias que cita Ayn Rand como sua grande inspiração. Apesar desse pano de fundo ideológico, o Uber conseguiu um admirador improvável: um deputado de um dos partidos mais à esquerda no Brasil.
O deputado estadual Edilson Silva, do PSOL, deu uma explicação surpreendente no Facebook a favor do aplicativo. Seu partido costuma defender um estado cada vez mais poderoso e inchado, mas Edilson foi contra, afirmando que há uma razão econômica em favor do consumidor (e não do trabalhador) para que o aplicativo seja usado.
Contudo, outras vozes de esquerda já foram bastante contrárias ao aplicativo: para eles, o Uber nada mais é do que a exploração da mão de obra e precarização do serviço de transporte público, além de representar a desregulação de um setor da economia que havia sido regulado por algum motivo.
Confira:
SOBRE O UBER (aplicativo usado via internet com o qual qualquer cidadão pode usar meios alternativos de transporte ao invés dos tradicionais táxis)
Preparem-se! O UBER é apenas um sintoma de uma profunda revolução tecnológica. A obsolescência pela qual passam os táxis neste momento é a mesma que fez com que as enciclopédias impressas (Barsa, Delta, Britânica… alguém lembra?) fossem colocadas no rol de peças de museu.
O meu bom, velho e infalível Marx, que me fornece um método de análise do desenvolvimento do processo civilizatório a partir da compreensão da evolução da economia política, me ensina que os taxistas que hoje se debatem contra o UBER agem da mesma forma que os rebelados ingleses – liderados pelo General Ludda, denominados movimento luddista -, lutaram contra os efeitos da revolução industrial.
Naquela Inglaterra pós-feudal, o domínio do vapor e seu uso para a aplicação em máquinas de tear mecanizadas acabou gerando um exercito de desempregados entre os fabricantes artesanais de tecidos. Querer impedir a liberdade de criação e seu uso para facilitar a vida das pessoas é um ato anti-histórico. É quase como querer impedir a chegada da primavera. Ela virá.
Além do mais, se antes existiam donos de tecelagem que exploravam homens e mulheres nas suas instalações, hoje existem “donos de praça” que possuem dezenas – em alguns casos centenas – de carros de táxi, que são guiados por taxistas que trabalham de forma precarizada, pagando diárias absurdas. A dor que se sente agora, em relação ao UBER, é a dor de uma “parto” que nos traz algo melhor para a sociedade e não apenas para uma corporação.
Importante salientar que o UBER não vai acabar com os táxis, assim como as máquinas nunca acabaram com o artesanato na produção têxtil. A questão é que os táxis serão utilizados pelo seu valor de uso, ou por quem valoriza este serviço por peculiaridades mais subjetivas que objetivas (ensinamento do economista clássico David Ricardo). O Uber será utilizado por seu valor de troca, ou seja, baseado em critérios de produção de bens e serviços em escala de massa. Quem oferecer melhor preço e qualidade leva o cliente. Socialismo e liberdade é assim!
Edilson Silva – Pres. PSOL PE Dep. Estadual

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