Atrás de créditos? Startup cria “bolsa” para médias e grandes empresas que buscam opções de financiamento
Por Lucas Bicudo
25 de abril de 2016 às 15:46 - Atualizado há 6 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Empresas que estão atrás de captação no mercado de crédito nem sempre possuem facilidades para encontrar um financiador disposto a liberar o recurso, principalmente em um momento de fragilidade econômica e de concentração bancária crescente.
De acordo com dados do Banco Central, a concessão de crédito para empresas, na modalidade livre, recuou 2,1% em 2015 em relação a 2014. A expectativa para 2016 é que essa retração aumente ainda mais.
Com o objetivo de facilitar e criar uma alternativa para esse cenário, o empreendedor e ex-sócio da Hedging Griffo Asset Management, hoje pertencente ao Credit Suisse, Dan Cohen criou a F(x). O objetivo é aproximar empresas e financiadores, numa espécie de ‘marketplace’ para captação de recursos.
A plataforma funciona da seguinte forma: os bancos e fundos se cadastram no site e colocam informações sobre o tipo de crédito que estão dispostos a conceder. As empresas, por sua vez, criam um perfil com informações sobre o seu negócio, as garantias que tem para dar e o tipo de crédito que procuram. A partir dai, entra em ação um algoritmo que cruza os dados de quem concede e de quem toma crédito. Aqueles com maior semelhança entre si dão “match”.
“No cenário atual, a capacidade das empresas de encontrar alternativas para manter a operação funcionando será crucial para sua sobrevivência”, afirma Eduardo Küpper, co-fundador da F(x).
Após identificar um número mínimo de matchings, a plataforma inicia um leilão de exclusividade digital. As melhores propostas serão selecionadas pela empresa tomadora e automaticamente passam a ter exclusividade de negociação.
“Hoje, caso a empresa deseje diversificar seu acesso ao crédito, terá que começar ou reativar um trabalho que tem seu ciclo próprio, depende de relacionamento e é custoso. Nosso objetivo na plataforma é que todo esse processo seja simplificado, pois elas [empresas] terão acesso a diversos financiadores de uma vez só”, complementa Küpper.
No leilão de exclusividade é possível negociar inúmeros indicadores de risco x retorno, tais como o pacote de garantias exigidas, o prazo do financiamento, cláusulas de vencimento antecipado entre muitos outros. Isso permite um equilíbrio muito maior entre as necessidades de ambos os lados.
A F(x) conta hoje com mais de 65 instituições cadastradas na plataforma, entre bancos de pequeno e médio porte, fundos de crédito, financeiras, FIDCs e mesmo fundos de private equity que façam dívida mezanino. Para entrar na plataforma, a empresa tomadora do crédito precisa ter receita mínima anual de R$ 30 milhões ou garantias de valor superior a R$ 4 milhões. Desde o início da sua operação, a startup já disponibilizou mais de R$ 100 milhões em crédito para serem liberados; já o valor de empréstimos fechados é de aproximadamente R$ 40 milhões.
“Nossa expectativa é que o negócio triplique de tamanho até o fim do ano”, afirma o co-fundador. “A F(x) vem se mostrando como uma ótima fonte de originação para os financiadores”, complementa.
Para garantir que as regras do leilão sejam seguidas, a plataforma se apoia nas próprias empresas que contratam seus serviços. “Mais forte do que a questão contratual é a reputação. Ninguém em sã consciência irá querer manchar a imagem com mais de sessenta perfis de crédito”, afirma desta vez Cohen. “É um conceito inovador, uma vez que as operações não são fechadas dentro da plataforma e os financiadores não pagam nada para usar”, finaliza.

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