Fazenda urbana Pink Farms diminui trajeto de vegetais até a sua casa

Por Tainá Freitas
31 de julho de 2019 às 08:48 - Atualizado há 3 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
Há uma fazenda produzindo vegetais no meio de São Paulo, capital. A Pink Farms, fazenda vertical urbana, está situada no bairro Vila Leopoldina – e os vegetais saem do local embalados e prontos para o consumo, realizando um trajeto muito menor do que o convencional.
Geralmente, as fazendas estão concentradas no interior dos estados por questões de espaço. No entanto, a Pink Farms contorna esse problema ao criar hortas verticais, aumentando a capacidade do terreno. Ao mesmo tempo, os alimentos chegam mais frescos ao consumo, já que o caminho percorrido é menor – o que acaba reduzindo o custo com transporte.
A Pink Farms recebe este nome devido a iluminação ideal criada para as plantas crescerem mais rapidamente. A cor rosa é resultado de uma mistura de luzes vermelhas e azuis percebidas pelo olho humano. “Os comprimentos de onda vermelho e azul, em específico, são os que mais ativam a clorofila para a planta fazer fotossíntese”, explica Mateus Delalibera, um dos fundadores da startup, em entrevista à StartSe.
De acordo com Delalibera, o tempo entre a semeadura e a colheita na Pink Farms é de cerca de 35 e 40 dias, enquanto na fazenda esse período costuma levar entre 65 e 70 dias. Uma das diferenças é que as plantas na fazenda estão sujeitas às mudanças climáticas, enquanto na startup, são criadas em um ambiente controlado.
“O processo produtivo é feito dentro de um ambiente isolado, com tratamento de água e ar. Todos que entram na sala das hortas devem entrar com roupa específica e processo de higienização – a planta já cresce limpa”, conta Delalibera.
Os vegetais são criados livres de agrotóxicos e com o mínimo de contato humano para garantir a qualidade. “Só tiramos a planta do ambiente já embalada e fazemos frequentes testes microbiológicos para entender qual é o nível de contaminação e se é própria para consumo ou não”, disse o empreendedor.
Atualmente, a Pink Farms produz sete diferentes tipos de alfaces. A empresa também comercializa microgreens, vegetais em estado intermediário entre brotos, frequentemente utilizados na decoração de pratos. Em breve, o objetivo é de comercializar outras hortaliças, como rúcula, espinafre e manjericão. Para o futuro, a expectativa é de comercializar frutas, como morango e tomate.
Qual é o preço?
Delalibera descreve o preço como “acima do tradicional, mas não tão acima”. Ele calcula um valor 10% mais caro devido ao processo artesanal e “maior qualidade”. Enquanto um saco de alface pode custar cerca de R$ 6 a R$ 7,50, o fabricado pela Pink Farms custa em torno de R$ 10 a R$ 11, sem a produção em escala.
O principal custo da startup hoje não é o convencional de fazendas: é a energia elétrica, devido a iluminação 100% artificial. Ao mesmo tempo, a agrotech enfrenta uma redução no valor do transporte. “Temos estimativas que algumas fazendas gastam 10% do custo de venda com o frete. Estando dentro de São Paulo, com um produto de margem superbaixa, temos somente o custo da fábrica até o varejo ou restaurante que irá consumir”, explica Matheus. Os custos secundários são em embalagem e mão de obra.
As plantas podem ser encontradas na Mediterrain Padaria Artesanal, Hortifruti Imigrantes, Empório Hortisabor e Terra Madre, todos localizados em São Paulo. Atualmente a produção ainda não é em escala, mas a expectativa é de chegar em 135 toneladas por ano.
O avanço é impulsionado por um investimento de R$ 2 milhões liderado pelo SP Ventures e Capital Lab. O aporte, que foi recebido no ano passado, financiou a criação da fazenda no centro de São Paulo – até então, os fundadores (e engenheiros) Geraldo Maia, Mateus e Rafael Delalibera concentravam a produção em um local de testes em Jundiaí.

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários