Uber cobra taxa para incentivar o uso de carros elétricos em Londres

Por Tainá Freitas
16 de janeiro de 2019 às 16:53 - Atualizado há 2 anos

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A Uber tem uma meta até 2025: transformar sua frota de veículos em Londres em carros elétricos. A empresa desenvolveu uma metodologia para alcançar esse objetivo – ela cobrará uma taxa dos passageiros e repassará aos motoristas, como um subsídio.
Chamada de “clean air fee” ou “taxa de ar limpo”, cada corrida da Uber em Londres terá o adicional de 15 pences (a menor moeda do Reino Unido, ou seja, equivalente aos nossos centavos).
O valor será cobrado para cada milha rodada em corridas na cidade. Segundo a Uber, uma corrida convencional na cidade teria uma taxa entorno de 45 pences (na conversão, cerca de R$ 2,14).
Os motoristas receberão o incentivo de acordo com as milhas que dirigiram na Uber. De acordo com a empresa, um motorista que dirige uma média de 40h por semana receberá entorno de três mil libras em dois anos.
Como resultado do “Uber Clean Air Plan”, a expectativa da companhia é de levantar mais de 200 milhões de libras nos próximos anos. Além disso, ela também espera que pelo menos 20 mil motoristas realizem a troca para os veículos elétricos até o final de 2021.
“Com o tempo, é o nosso objetivo ajudar pessoas a substituírem seus carros por seus telefones ao oferecermos uma grande gama de opções – sejam carros, bicicletas, patinetes elétricos ou transporte público – no aplicativo da Uber”, comentou Dara Khosrowshahi, presidente-executivo da Uber, no anúncio.
Mas por que Londres?
Londres é a primeira — e, por enquanto, a única — cidade em que a Uber está testando a “taxa limpa”. A cidade pode ter sido a escolhida por alguns motivos.
O primeiro é que ela possui uma taxa de congestionamento de 11 libras para veículos que queiram passar pelo centro entre 7h e 18h, de segunda à sexta-feira. A medida é, como explícito no nome, para diminuir o trânsito na cidade. O valor é utilizado para investir no transporte de Londres.
Os veículos elétricos são uma das poucas exceções a essa taxa, o que pode se tornar lucrativo à longo prazo para os motoristas da Uber que decidirem trocar o veículo por uma opção elétrica.
Além disso, a Uber vive em constante observação pela cidade de Londres. Em 2017, ela perdeu sua licença de operação no local, recuperando-a logo depois. No entanto, a condição é que a empresa seja auditada há cada seis meses. Dessa forma, a preferência por carros elétricos é algo que pode ser visto com bons olhos também pelo governo local.

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