A Tesla deseja levantar US$ 2 bilhões de capital. A empresa comandada por Elon Musk registrou o pedido na SEC (órgão regulador do mercado financeiro) nesta quarta-feira (1).

A companhia de carros elétricos irá vender US$ 650 milhões em ações comuns e US$ 1.350 milhão em notas conversíveis. As notas conversíveis são uma modalidade em que os investidores emprestam dinheiro e o recebem com juros depois, pois não se tornam acionistas.

O próprio Elon Musk se comprometeu a comprar US$ 10 milhões em ações da empresa. Atualmente, ele é um dos maiores sócios da Tesla. A empresa ainda possui 30 dias para aumentar sua oferta em 15%, se desejar.

A Tesla não especificou o motivo de estar levantando investimentos. Na carta enviada à SEC, a companhia justificou a oferta de ações como uma forma de fortalecer o balanço de capital da empresa e outros “propósitos corporativos em geral”. Na semana passada, a Tesla revelou um prejuízo de US$ 700 milhões no primeiro trimestre de 2019.

Mais um novo capítulo com a SEC

Ainda nesta quarta-feira, aconteceu mais um desdobramento da polêmica de Musk com a SEC. Agora, a juíza Alison Nathan decidiu que os tweets do empreendedor sobre a Tesla terão que ser revisados antes da publicação.

A liberdade de Elon Musk para falar sobre a Tesla nas redes sociais está em discussão desde o ano passado, quando o empreendedor anunciou que a empresa iria se tornar privada novamente. Isso não aconteceu e a Tesla e Musk foram processados pela SEC, tendo que pagar uma multa milionária.

Após o acontecido, a SEC e Musk fizeram um acordo que já previa que o presidente-executivo da Tesla fosse mais ponderado nas redes sociais. No entanto, a SEC alegou que o acordo foi desrespeitado e pediu a prisão de Musk. Ambos voltaram aos tribunais, no que resultou na decisão desta quarta-feira.

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