A Tesla pode falir, mas ela já trouxe a Nova Economia para o setor

Por Da Redação
10 de Maio de 2018 às 11:11 - Atualizado há 3 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
Não é de se surpreender que a General Motors já tenha avançado mais na tecnologia de carros elétricos e autônomos do que a própria Tesla. Com anos e anos a mais de experiencia no mercado automotivo e uma equipe executiva mais focada, a gigante americana conseguiu correr atrás do atraso. Assim como a Ford, a Mercedes-Benz, a Volkswagen e a BMW também estão fazendo.
Todos os players do mercado automobilístico se preparam para um futuro onde os carros serão autônomos e elétricos – até mesmo aqueles que não são montadoras, como o Uber, Didi Chuxing e outros aplicativos de mobilidade. Ou seja, se preparam para o futuro conforme desenhado por Elon Musk no seu “grande plano para a Tesla”.
A diferença é que, talvez, a Tesla não seja uma das grandes players deste futuro. A empresa, que tem valor de mercado maior do que GM e Ford (as grandes montadoras dos Estados Unidos), passa por uma crise sem igual em sua história. Atraso na produção, excesso de automação e até mesmo o CEO sendo grosso e estúpido em teleconferências com analistas do mercado.
Tesla em crise
Por conta disso, a Tesla passa por uma crise sem precedentes. Vários investidores tem pedido a cabeça de Musk – que deveria tirar umas férias antes de qualquer coisa – por conta desse momento que a empresa está passando. O plano de investimentos da empresa está fortemente ameaçado para o futuro por falta de capital e uma relevante parte das pessoas que compraram o Model 3 estão desfazendo a compra, obrigando a Tesla a devolver o sinal que eles já deram (o que agrava a falta de capital). A companhia pode entrar em um ciclo vicioso de devolução de dinheiro que atrapalha os investimentos que faz a empresa demorar ainda mais para entregar os carros, o que gera mais devoluções… você entendeu o drama.
A empresa só perdeu dinheiro até hoje e queima mais de US$ 7.400 por minuto (o que totaliza mais de US$ 1 bilhão por trimestre). Como essa queima é cada vez maior e a Tesla só tem US$ 3,5 bilhões em caixa, a estimativa é que a companhia fique sem dinheiro até o final do ano. Aí de grosso modo só vão restar três opções: captar dinheiro dos outros (dívida), vender participação da empresa em bolsa de valores ou falência (e consolidação e reestruturação das dívidas atuais). E se eu fosse apostar em probabilidades para cada cenário, diria 75%, 24,9% e 0,1%.
Como ainda não tem uma montagem azeitada, a empresa perde dinheiro com qualquer carro que ela produz (ao invés de lucrar) e tem uma das menores receitas por funcionário de toda a indústria automobilística (cerca de metade de GM e Ford). Além disso, a companhia perde funcionários (alguns de altíssimo escalão, como Chris Lattner, ex-chefe do projeto de carros autônomos) para concorrentes e precisa adaptar a função de muitos outros para se adaptar. Como desgraça pouca é bobagem, a empresa está sendo processada pela Nikola, outra empresa que se inspira no legado de Nikola Tesla.
A Tesla precisa se acertar para conseguir manter essa posição de vanguarda no mercado de carros elétricos e autônomos nos próximos anos e não ser atropelada por GM ou Ford. Musk sabe disso e tem dormido na fábrica para conseguir regularizar a situação – mas precisa abandonar alguns pontos de sua ideologia e se abrir mais. Atualmente, ele tem procurado bodes expiatórios (mandou um e-mail circulando culpando os “terceirizados” por alguns problemas recentes).
Uma volta por cima é possível, principalmente por ter uma marca forte e um bom poder de captação perante o mercado (que ela vai precisar antes do fim do ano) embora Musk tenha maltratado analistas. Falência ainda é uma palavra longe de ser usada no caso da Tesla, já que muita coisa ainda pode acontecer até chegar nesse extremo, mas certamente se ver sem dinheiro até o final do ano é um problema muito mais próximo do que qualquer empresa gostaria.
Os governos compraram a ideia
A Tesla pode até falir, mas a batalha já está ganha no longo prazo. Um dos objetivos de Elon Musk com a companhia era conseguir fazer com que os carros elétricos tivessem mais aceitação no mercado. Por isso, a companhia ate abriu mão de certas patentes, como forma de popularizar os carros elétricos e diminuir a dependência do mundo de combustíveis fósseis.
Nesse ponto, vitória. Além das montadoras estarem se preparando para ter carros elétricos (algumas, como a Volvo, já se preparam para só ter automóveis assim) e trabalhando para tal, ninguém mais duvida que o futuro será assim. Por um motivo simples: a Tesla provou que um carro pode ser elétrico, bom e atrair o gosto dos consumidores.
Até os governos de diversos países já compraram a ideia. China, Reino Unido, Índia, Alemanha e França já determinaram que até 2030 só será permitida a venda de carros elétricos. Isso é um salto gigantesco para um futuro em que nenhum automóvel mais é movido com combustível fóssil. Até a Noruega anunciou isso (e olha que é um país que vive basicamente de petróleo hoje).
Isso é um ganho tremendo para o meio ambiente e para a saúde das pessoas (adeus fumaça nas grandes cidades). E um mundo que pode caminhar para uma matriz energética mais sustentável ao longo prazo. Musk pode não terminar essa história como o empreendedor mais bem sucedido da história, mas talvez como salvador do planeta.
As montadoras se preparam para entrar na Nova Economia
O maior legado de Musk e a Tesla será ter conseguido mudar a mentalidade de empresas centenárias, sociedades e governos para que o carro elétrico pode ser interessante. A Tesla, praticamente sozinha, trouxe muita gente para a Nova Economia. Fez a Nova Economia parecer como um imperativo para muita gente que nunca tinha sonhado com ela antes.
A Ford ficou tão preocupada com seu futuro que demitiu o antigo CEO, Mark Fields, para substituí-lo por um executivo com mais senso de urgência neste sentido. E olha que Mark Fields repetiu diversas vezes que a “Ford gostaria de ser mais do que uma montadora e se transformar em uma empresa de mobilidade”. A empresa é uma das líderes na corrida pelo carro autônomo e pretende ter este tipo de automóvel (nos EUA, claro) até 2020.
Não estamos em uma era de copiar, estamos em uma era para exercer nossa criatividade e deixar os antigos vícios para trás. A Nova Economia que se desenha é muito mais produtiva e deve fazer com que a humanidade entre em uma nova era de bonança. Quem partir na frente, ganhara os maiores benefícios desta era.
Que bom. Mas o Brasil corre o perigo de ficar para trás nesta corrida pela Nova Economia: nós da StartSe trabalhamos e gostaríamos muito que esse não fosse o caso. Por isso, te convido a ler este texto sobre COMO você pode adentrar na Nova Economia de vez, deixando para trás os velhos pilares que faziam a antiga. Clique aqui e venha nesta jornada conosco.
[php snippet=5]
Cursos Online Startse para você iniciar:

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários