Steam deixa de aceitar Bitcoin devido a volatilidade e taxas cada vez maiores

Por Tainá Freitas
7 de dezembro de 2017 às 11:12 - Atualizado há 5 anos

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A Valve, empresa que comanda a Steam – maior distribuidora de jogos para computador fora da China e -, começou a aceitar pagamentos por Bitcoin em abril de 2016, se tornando uma das primeiras grande empresas do mundo a fazer isso. A empresa falou sobre a possibilidade de aceitar o pagamento por anos, e menos de dois anos depois de aceitar a criptomoeda, anunciou que deixará de ser uma forma de pagamento viável.
O que levou a empresa deixar de aceitar a criptomoeda foram as altas taxas e volatilidade apresentadas recentemente. “Estas tarifas que são cobradas dos nossos usuários pela própria rede Bitcoin aumentaram drasticamente este ano, chegando a custar aproximadamente R$65 (US$ 20) por transação na semana passada (comparado com aproximadamente R$0,65 quando começamos a aceitar Bitcoin)”, disse o engenheiro da Valve, Kurtis Chinn em um post. É quase o preço de um jogo só de taxas.
O pagamento de taxas ao realizar transações é comum. A Visa e a MasterCard possuem as próprias taxas nos pagamentos feitos por seus cartões, mas a diferença é que os valores são baixos. No caso do Bitcoin, o mercado de criptografia cobra uma taxa sempre que o dono de um Bitcoin inicia uma transação – o que aumenta consideravelmente o valor da compra de um jogo na Steam.
“Infelizmente, a Valve não tem controle algum dos valores das tarifas cobradas. Os preços das tarifas resultam em preços de jogos excessivamente altos ao usar o Bitcoin como forma de pagamento. Estes altos valores ainda podem causar problemas maiores quando o valor da moeda digital diminui abruptamente”, escreveu Chinn.
Apenas na semana passada, o valor de um Bitcoin passou de US$ 9.500,00 para US$ 13 mil. O problema é que a curva não é sempre ascendente – a criptomoeda também caiu de US$ 11 mil para US$ 9.500,00 novamente. Se a Valve tem algum bitcoin ainda, provavelmente ganhou muito com o rali da moeda nos últimos meses, mas eles são uma plataforma de distribuição de jogos e não de especulação financeira – e, portanto, não querem estar ligados ao risco de uma bolha.
Um problema gerado pela volatilidade é que, ao comprar um jogo pela Steam, o consumidor transfere o valor do jogo e outro valor para cobrir a taxa de pagamento. O problema é que, no tempo da transação ser processada, o valor do Bitcoin muda – e consequentemente as taxas.
“A forma mais comum de resolver este caso é reembolsar o nosso usuário na forma de pagamento original ou solicitar ao usuário fundos adicionais para cobrir o valor faltante para efetuar a compra. Em ambos os casos, o usuário deverá pagar a tarifa de processamento da rede Bitcoin novamente”, afirmou Kurtis Chinn.
Por enquanto, para preservar seus clientes, a Valve decidiu parar de aceitar a criptomoeda. No entanto, essa solução pode não ser definitiva – a empresa reavaliará sua relação e dos usuários da Steam com a criptomoeda.
O Bitcoin é permitido pela tecnologia blockchain – uma plataforma criptografada que realiza e torna pública todas as transações. Atualmente, independente do Bitcoin, a blockchain se tornou uma tecnologia eficaz para outros segmentos, como a realização de contratos e armazenamento de informações, tornando-se um importante expoente da Nova Economia.
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