IPT desenvolve fármaco nanotecnológico contra leishmaniose
Por Elena Costa
16 de janeiro de 2018 às 07:12 - Atualizado há 3 anos

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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está desenvolvendo um fármaco nanotecnológico que visa tratar de forma mais eficiente e menos invasiva a leishmaniose. Medicamento está sendo desenvolvido no Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas e já gerou uma patente para o Instituto.
O medicamento se baseia na tecnologia de nanocarregadores coloidais, cuja a liberação controlada visa diminuir os efeitos colaterais do fármaco. Ele irá funcionará de forma simples: O antiomoniato de meglumina (comercialmente conhecido como Glucantime), droga utilizada no tratamento da leishmaniose, é encapsulada em nanoestruturas poliméricas compostas por maltodextrina, um gliconjugado de que o protozoário necessita em seu metabolismo.
“Acreditamos que o uso da maltodextrina faz com que o medicamento atinja preferencialmente as células infectadas às saudáveis, porque, em tese, o açúcar iria preferencialmente para as células que o estão demandando mais”, explica Thais Aragão Horoiwa, pesquisadora responsável pelo projeto.
Testes de liberação e permeação mostrou evidências de que o medicamento, indicado para tratamento da leishmaniose cutânea, não tem penetração na corrente sanguínea – evitando efeitos colaterais em órgãos internos – e que sua liberação é sustentada na ferida, crescendo ao longo do tempo, o que possibilitaria uma aplicação única.
Sem nome ainda, o fármaco é uma alternativa para o tratamento atual que visa injetar diretamente na ferida do paciente diariamente, por um período de 20 dias, doses de 10mg a 20 mg de Glucantime. . “O tratamento é extremamente doloroso, além de depender da internação do paciente para a aplicação do medicamento e controle dos efeitos colaterais, que são intensos e podem até levá-lo a óbito”, conta Horoiwa.
Ela ainda afirma que “A alternativa que propomos visa um tratamento tópico com pomada ou creme, evitando que o medicamento caia na corrente sanguínea, e com aplicação feita pelo próprio paciente. A simplicidade do tratamento diminuiria o gasto de recursos públicos e evitaria também a evasão do tratamento”.
Atualmente, o fármaco passa por testes pré-clínicos no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em que se verificará seu real efeito sobre o parasita e também as células saudáveis do organismo.
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