Mark Zuckerberg: O que é bom para o mundo pode não ser para o Facebook
Por Diogo Max
6 de dezembro de 2018 às 12:51 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
Mark Zuckerberg, o cofundador do Facebook, fez uma admissão que vai de encontro ao que ele anda pregando publicamente: o que é bom para o mundo não é necessariamente bom para a rede social.
A informação surgiu a partir da liberação pelo parlamento do Reino Unido de uma troca de e-mails entre Zuckerberg e sua equipe no Facebook. Os documentos, que estavam em sigilo na Califórnia, mostram um pouco do funcionamento interno da rede social.
Num dos e-mails de Zuckerberg, o cofundador do Facebook discutiu abertamente o acesso dos apps de terceiros à sua plataforma.
“Às vezes, a melhor maneira de permitir que as pessoas compartilhem alguma coisa é fazer um desenvolvedor criar um aplicativo ou uma rede para esse tipo de conteúdo e tornar o app mais social com o Facebook conectado a ele”, escreveu.
Em seguida, Zuckerberg afirmou: “No entanto, isso pode ser bom para o mundo, mas não é bom para nós, a menos que as pessoas também compartilhem de volta no Facebook e que o conteúdo aumente o valor de nossa rede”.
Ou seja, para o cofundador da rede social, o melhor é que tudo fique dentro do “jardim murado” do Facebook, mesmo que isso vá contra os usuários e o próprio mundo.
A afirmação de Zuckerberg está longe da publicamente comunicada pelo Facebook, que espera tornar o mundo “mais aberto e conectado”.
Amigo ou inimigo?
Os e-mails revelam também que Zuckerberg agiu deliberadamente para prejudicar o Vine, aplicativo do Twitter para compartilhamento de vídeos e que tentou utilizar um programa que se conectava com a rede social.
Em um dos e-mails, um dos diretores do Facebook sugeriu a Zuckerberg impedir o acesso do Twitter. “Beleza, vá em frente”, respondeu o cofundador do Facebook. O final da história já é conhecido: o Instagram implantou um serviço idêntico, e o Vine foi encerrado, sem conseguir crescer e espremido pela concorrência.
Por outro lado, os e-mails também mostram que a rede social beneficiou parceiros como Airbnb e Netflix, dando acesso privilegiado aos dados coletados pelo Facebook.
Burlando o Google
Outro e-mail mostra como Facebook burlou a política de privacidade do Android, do Google, para coletar os dados dos usuários sem a permissão deles.
Os engenheiros da rede social queriam informações de todas as chamadas telefônicas e mensagens enviadas pelos usuários, mas, para isso, teriam de pedir a autorização a todos eles.
Para contornar essa situação, a equipe do Facebook achou uma brecha na política do Android e disponibilizou uma atualização que coletava apenas os dados das chamadas telefônicas, porque, nesse caso, não precisava pedir autorização dos usuários.
Zuckerberg responde
O cofundador do Facebook publicou na rede social uma mensagem, procurando “compartilhar mais algum contexto em torno das decisões que tomamos”.
“Como qualquer organização, tivemos muita discussão interna e as pessoas levantaram ideias diferentes. Por fim, decidimos por um modelo em que continuamos a fornecer gratuitamente a plataforma do desenvolvedor, e ele pode optar por comprar anúncios, se quiser. Este modelo funcionou bem”, afirmou Zuckerberg.
“Eu entendo que há um exame minucioso sobre como administramos nossos sistemas. Isso é saudável, dado o vasto número de pessoas que usam nossos serviços em todo o mundo, e é certo que somos constantemente solicitados a explicar o que fazemos”, escreveu o cofundador do Facebook.
“Mas também é importante que a vigilância sobre o que fazemos – incluindo a explicação desses documentos internos – não represente mal nossas ações ou motivos. Esta foi uma mudança importante para proteger nossa comunidade e alcançou seu objetivo”, concluiu.

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários