Até que enfim, Salão do Automóvel: carros 100% elétricos, híbridos e os primeiros com IA

Por Isabella Carvalho
8 de novembro de 2018 às 14:17 - Atualizado há 2 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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A 30ª edição do Salão do Automóvel nos trouxe a certeza do que já é esperado: os carros híbridos e elétricos se tornarão, em breve, uma realidade no Brasil. Grande parte das marcas estão exibindo seus modelos tecnológicos, com chances de trazê-los por aqui no ano que vem. Por não emitirem gases como o CO2, os veículos elétricos contribuem para a preservação do ambiente, são silenciosos e podem receber energia em pontos de recarga.
Leia também: Salão do Automóvel: conheça as tecnologias por trás dos carros elétricos
Pela primeira vez foi possível ver na exposição uma forte presença de carros elétricos e híbridos – em todas as montadoras, mesmo as mais sofisticadas. Três marcas anunciaram a vendas de veículos mais “acessíveis”. Mesmo não sendo luxuosos, os modelos Nissan Leaf, Renault Zoe e Chevrolet Bolt não custarão menos que R$140 mil no Brasil. “Em mercados mais maduros, como Estados Unidos, Europa e Japão eles já estão se consolidando, e aqui vamos começar a fazer isso”, ressaltou Alexandre Carvalho, especialista de produto e comunicação da Nissan, em entrevista à StartSe.
Nissan Leaf, modelo elétrico da Nissan | Crédito: StartSe
A Kia exibiu o modelo Soul EV e afirmou que as vendas do veículo elétrico estão programadas para o ano que vem. Já a Renault exibiu o seu pequeno e compacto Twizy, veículo elétrico com autonomia de 100km. A chinesa Chery apresentou os modelos eQ1 e Tiggo. Entre as marcas de luxo, a Audi anunciou a venda do e-tron no Brasil em 2019. A Mercedes exibiu o EQ Concept – o primeiro carro elétrico da marca, e a BMW mostrou ao público dois modelos: o elétrico BMW i3 e o híbrido BMW i8. Já a Toyota exibiu o Prius, o carro híbrido mais vendido do mundo.
Renault Twizy, modelo elétrico da Renault | Crédito: StartSe
Desafios
Mesmo com o sucesso, ainda vemos poucos carros elétricos no Brasil. Isso porque o país está, aos poucos, preparando a infraestrutura para a chegada deles, e ainda não comporta um grande volume de veículos. Para Alexandre, com o lançamento das montadoras, a tecnologia se tornará natural. “Já temos um corredor elétrico entre São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. Além disso, diversas fornecedoras de energia no Sul já têm projetos para pontos de recarga”, disse.
A legislação brasileira também atrasa o processo. Hoje, as montadoras ainda aguardam a aprovação do Rota 2030, projeto que define regras para a fabricação de automóveis produzidos e comercializados no Brasil nos próximos anos. Criado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o projeto foi assinado em caráter provisório, mas não foi aprovado pelo Congresso Nacional. A votação está em discussão e a MP perde a validade se não for aprovada até o dia 16 de novembro.
O Rota 2030 altera a alíquota do IPI para carros híbridos e elétricos, que atualmente é de 25%, para de 7 a 20%, estimulando a comercialização no mercado nacional. A porcentagem varia de acordo com o nível de eficiência energética e com o peso do veículo. Assim, o projeto é fundamental para alavancar as vendas dos novos carros. “A medida será benéfica para o consumidor, que terá mais acesso à tecnologia”, disse Carvalho.
Inteligência no volante
Além dos carros elétricos e híbridos, o futuro da mobilidade é cercado por Inteligência Artificial, telas interativas e muita tecnologia. Isso é o que mostra conceitos apresentados por grandes marcas no evento. A Toyota, por exemplo, exibiu o veículo Concept-i, diferente de tudo o que estamos acostumados. O carro tem design futurista e foi projetado para ser “o melhor amigo” do motorista, aprendendo sobre seus costumes e preferências.
Toyota Concept-i | Crédito: StartSe
Um conjunto de Inteligência Artificial aplicado ao sistema do carro antecipa as necessidades do usuário e interage com ele. Por meio de sensores biométricos, o veículo detecta o que o motorista está sentindo, analisa a informação e faz recomendações de locais, dirige de forma autônoma ou faz outras adaptações, como mudança na tonalidade de cor do interior. Caso prefira, o motorista também pode dirigir manualmente o carro.
Além disso, o sistema de IA utiliza tecnologias avançadas de veículos automatizados para ajudar a melhorar a segurança de direção, combinadas com estímulos visuais e táteis para aumentar a comunicação com base na capacidade de resposta do motorista. Os comandos também podem ser acionados por voz. Todas as interações podem ser vistas em um grande monitor Head-up colorido e em 3D. A montadora exibiu três modelos desenvolvidos com a tecnologia, inclusive uma espécie de patinete inteligente, e planeja realizar testes rodoviários de veículos equipados com algumas das funções no Japão até 2020.

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