A aposta da Reserva no “Capitalismo Consciente”

Por Tainá Freitas
3 de junho de 2019 às 18:19 - Atualizado há 3 anos

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A noção de “Capitalismo Consciente” foi discutida por John Mackey, fundador da rede de supermercados Whole Foods, e Raj Sisodia em um livro homônimo. Segundo os autores, o capitalismo pode criar valor não apenas para as empresas, mas para os funcionários, fornecedores, comunidade e meio ambiente.
Este livro foi um divisor de águas na história da marca de roupas Reserva. Rony Meisler o indicou para os 25 empreendedores que foram mentorados na Power Class da StartSe neste final de semana. Para ele, o capitalismo consciente prega uma cultura de transformação. Ele também acredita que o Estado é responsável pelo bem-estar social, mas que a iniciativa privada e os cidadãos também possuem uma grande responsabilidade nisso.
“O livro compara o quanto as companhias americanas faturavam e investiam em marketing. Quem investia menos em marketing faturava mais, mas porque elas tinham algum tipo de entrega socioambiental”, contou o empreendedor.
Esse é o caminho que a Reserva tem seguido. A marca possui diversas iniciativas sociais, como a 1P = 5P. Tudo começou quando Meisler visitou o interior de Fortaleza e, segundo ele, “saiu da bolha”. “Tive um diálogo com um menino e falamos sobre o problema da educação. Mas ele me provocou: ‘quando você está com fome na hora do almoço, consegue trabalhar?’. Podem montar a melhor escola do mundo, mas se a pessoa estiver com fome, não vai prestar atenção em nada”, contou.
Hoje, o projeto viabiliza a doação de 5 pratos de comida para cada peça de roupa vendida. O selo da iniciativa está presente em cada peça. Dessa forma, uma cadeia de valor é construída – e o cliente passa a preferir a marca que faz algum bem social ao invés das concorrentes.
Para além da fidelização dos clientes, o resultado da iniciativa é palpável. Segundo o empreendedor, desde que o projeto foi criado, em 2016, foram doadas mais de 28 milhões de refeições.
A iniciativa também passou a ter outro significado para os funcionários da Reserva. Ao verificarem suas vendas e a comissão recebida, eles também têm acesso a quantos pratos de comida ajudaram a distribuir. “As pessoas têm um motivo ainda maior para acordar para trabalhar”, afirmou Meisler.
Um marketing social
Entre as iniciativas de cunho social, o presidente-executivo ainda citou a licença paternidade que os funcionários da Reserva possuem. A empresa utiliza o orçamento que aplicaria em campanhas de dia dos pais e aumenta o período comum de 5 para 45 dias.
“Achamos que não tem nenhum investimento maior do que esse. Me perguntam se a conta fecha: sim. Isso é um pré-conceito corporativo. No nosso caso, o orçamento é de 0,0003% do nosso faturamento. Não é nada, mas a gente tende a se convencer de que não dá”, comentou o CEO. “Aí dizem que o profissional não será tão produtivo quanto no trabalho. Realmente, não tem como. Mas e quando volta? Ele volta com um sentimento de pertencimento – entregamos um valor para quem trabalha na marca que não é quantificável”.
É claro que todas as iniciativas da marca acabam se tornando também um marketing. No entanto, assim como o capitalismo pode ser “consciente”, o marketing também segue o mesmo caminho. “Fazemos isso porque é mais inteligente, porque rende mais, porque é sustentável”, disse Meisler da empresa.
Para Meisler, essas iniciativas se tornaram a própria Reserva. Hoje, a marca possui o selo de “Capitalismo Consciente Brasil”. Os princípios básicos são: propósito maior, cultura consciente, liderança consciente e orientação para os stakeholders. A Editora Mol, Joaquina Brasil, Pantys e Gerdau também são algumas das empresas que participam da iniciativa.

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