Reed Hastings, CEO da Netflix: “há muito crescimento pela frente no streaming”

Por Isabella Carvalho
17 de outubro de 2018 às 12:15 - Atualizado há 2 anos

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A Netflix deve ganhar novos concorrentes em breve. A Disney anunciou, em agosto, que lançaria seu próprio serviço de streaming em 2019, retirando todos os títulos de sua rival. A gigante do entretenimento gastará US$ 1,58 bilhão para adquirir mais 42% da BAMTech, subsidiária de tecnologia da companhia, aumentando para 75% o controle acionário. Além da Disney, concorrentes como a Apple, AT&T e Facebook também planejam entrar no mercado hoje dominado pela Netflix.
A Warner Bros., que pertence agora à AT & T, acaba de lançar o serviço de streaming da DC Universe. Já o Facebook criou algo parecido com vídeos, em que os usuários poderão escolher entre uma variedade de programas produzidos por criadores de conteúdo. Enquanto isso, a Apple lançou alguns shows de streaming e tem vários outros em andamento.
Porém, Reed Hastings, CEO da Netflix, acredita que a empresa não precisa se diversificar em novos negócios. Isso porque, segundo ele, ainda há espaço para crescer no mercado de streaming por muitos anos. Na última terça-feira (16), em declarações obtidas pelo Business Insider durante um webcast para investidores e analistas, o executivo deixou claro que a companhia se preocupa apenas com o serviço que oferece hoje.
“Há muito crescimento pela frente no streaming de vídeos, então vamos focar nisso por muito tempo”, disse Hastings. No mesmo dia, a companhia divulgou dados que comprovam isso. A empresa teve 6,96 milhões de novos assinantes nestes últimos três meses. Ao todo, são cerca de 138 milhões em todo o mundo. A média de crescimento de novos clientes foi de 25%.
Segundo o CEO, a companhia tem de cinco a dez anos para crescer ainda mais no mercado, assim como seus rivais. Para Hastings, o setor está crescendo rápido o suficiente para que a Netflix não precise roubar um de seus concorrentes para ganhar um cliente. Porém, mesmo com a visão otimista do executivo, a empresa corre alguns riscos.
Com o surgimento de concorrentes como a Disney, a Netflix terá que restringir ainda mais o seu acervo ou pagar um valor maior para licenciá-lo. Durante o webcast, os executivos da companhia se pronunciaram sobre isso. Com o término dos acordos, segundo Ted Sarandos, diretor de conteúdo da empresa, a Netflix tem a oportunidade de desenvolver suas próprias produções – como reality shows, por exemplo, que têm custos mais baixos e são cada vez mais buscados pelo público.
Este ano, a empresa espera que seu fluxo de caixa livre, ou seja, o saldo disponível depois de serem feitos todos os pagamentos obrigatórios, esteja entre US$ 2 bilhões e US$ 4 bilhões negativos, em grande parte graças ao investimento em produções originais. No início do ano, a companhia anunciou que gastaria cerca de US$ 8 bilhões em conteúdos próprios. Para 2019, segundo David Wells, diretor financeiro da Netflix, o cenário deve ser o mesmo, mas a partir de 2020, a companhia espera ter um saldo positivo.
“Estamos vendo esses investimentos gerando muito crescimento. A Netflix está se aproximando de um ponto em que nosso crescimento em lucro operacional está sendo mais rápido que o gasto em dinheiro”, disse Wells. Porém, a empresa deixa claro que não é avessa à novos projetos – uma vez que deixou para trás o envio de DVDs para ser a pioneira no streaming.

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