Itaú incorpora as práticas de gestão das fintechs

Por Isabella Carvalho
26 de novembro de 2018 às 17:32 - Atualizado há 2 anos

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Cultura, propósito e experiência do colaborador. Esses são os pilares por trás do trabalho de Fabio Armani, superintendente da área de pessoas do Itaú Unibanco. Recentemente, o banco promoveu uma série de ações para tornar o ambiente de trabalho mais leve e produtivo. “Notamos que as empresas investem muito em experiência do cliente, mas acabam pensando menos no colaborador”, explica Armani.
Foi assim que o executivo iniciou, junto ao seu time, um projeto de transformação no banco. O primeiro passo foi ouvir os colaboradores por meio de workshops e pesquisas para identificar as principais dores e dificuldades de quem trabalha na instituição. A partir daí, as respostas foram avaliadas sob três óticas: cultura, espaço físico e tecnologia. “Analisamos o que cada um pensava sobre o dia a dia no trabalho. Se o ambiente é propício para a colaboração e se todos tem as ferramentas adequadas”, conta o executivo.
Segundo Armani, o apoio da alta gestão foi fundamental nesse processo. “Temos algumas frentes prioritárias, e olhar mais a fundo para a experiência dos colaboradores foi algo que veio naturalmente. Foi muito fácil conseguir parceiros, já que as mudanças só viriam para facilitar o dia a dia de todos”, explica.
Tecnologia, novos ambientes e flexibilidade
As duas maiores demandas foram por melhores tecnologias e um ambiente mais atrativo. Foi então que o banco criou o IU Conecta, uma plataforma para facilitar as ações dos colaboradores. “É possível fazer solicitações, aprovações e ter acesso à uma rede interna parecida com o Facebook, com a opção de compartilhar e curtir publicações”, explica Armani.
Já o ambiente de trabalho também se transformou, com a reforma de grande parte dos prédios. Segundo o executivo, tudo foi feito para que os locais se tornassem mais leves. Hoje os colaboradores não têm mais lugares fixos e as salas são mais abertas e colaborativas.

Sede do Itaú em São Paulo
O banco também identificou que a comunicação entre as pessoas fora do banco estava ficando cada vez mais informal. Para não ficar para trás, o protocolo do banco deveria mudar. Foi então que flexibilização do dress code foi colocada em prática. Com o lema “Vou como Sou”, a iniciativa se estendeu a todas as áreas da instituição e agências.
“Os colaboradores que têm muito contato com clientes e que antes precisavam de terno completo, por exemplo, hoje já não usam mais gravata. Nos dias em que não tem atendimento, ele pode ir mais confortável”, explica o executivo. Até mesmo a bermuda já é permitida em alguns casos.
Além da vestimenta, o home office também está sendo testado em algumas áreas. “Estamos entendendo o que funciona ou não e qual o melhor método para manter a produtividade, mas os feedbacks têm sido excelentes. Vamos fazer uma pesquisa no fim do ano para expandir a iniciativa para outras áreas”, conta Armani.
Onboarding descomplicado
Cada novo colaborador que chegava na instituição precisava lidar com diversas burocracias – o que também está mudando. “Hoje nossos clientes podem abrir uma conta facilmente pelo celular. Porque não tornar mais fácil também o primeiro contato do colaborador? Para isso, tudo ficou mais ágil: ele recebe seus equipamentos no primeiro dia, preenche formulários simplificados e recebe um guia de recepção”, explica o executivo. Segundo ele, outras melhorias estão sendo implementadas, e tudo é medido por um NPS (Net Promoter Score) – métrica usada para identificar o nível de satisfação dos funcionários.
O objetivo é acompanhar a jornada completa do colaborador – desde o momento em que entra na instituição até se aposentar ou se desligar do banco. “A ideia é olhar o momento em que ele participa de um processo seletivo, é contratado, se desenvolve, é promovido, usa os sistemas do banco e todas as outras etapas”, conta.
Para o executivo, o futuro dos bancos envolve processos menos tradicionais e ambientes mais próximos do que o das fintechs. “Somos uma empresa grande e regulamentada, mas queremos ser cada vez mais ágeis, descomplicados e simples de se trabalhar”.

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