Estudo com edição genética CRISPR testa tratamento para cegueira em humanos

Por João Ortega
30 de julho de 2019 às 11:53 - Atualizado há 1 ano
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Duas empresas dos EUA vão realizar testes de edição genética CRISPR em humanos para tentar curar a Amaurose Congênita de Leber (ACL), um tipo comum de cegueira hereditária. Pessoas com a doença têm olhos normais, mas lhes faltam um gene que converte a luz em sinais identificáveis ao cérebro. O tratamento experimental pretende inserir o gene em um local específico do DNA dos pacientes, alterando-o permanentemente.
Os testes serão conduzidos pelas empresas Editas Medicine e Allergam com 18 indivíduos portadores da doença. O tratamento será realizado em crianças de 3 anos de idade até adultos, com diferentes níveis de visão. A ACL é a maior causa de cegueira infantil, atingindo de 2 a 3 nascidos a cada 100 mil pessoas, segundo a Associated Press.
A edição genética CRISPR desperta o interesse da comunidade científica por permitir a edição do DNA de forma relativamente simples. No entanto, ainda não se sabe as possíveis consequências do uso da técnica, que ainda é bastante recente. Testes em humanos vêm sendo realizados pela Crispr Therapeutics e até o Google entrou neste mercado, investindo em startup que pretende usar a técnica para tratar doenças coronárias.
A polêmica CRISPR
O CRISPR se tornou um alvo de polêmicas desde o ano passado, quando um cientista afirmou ter editado geneticamente dois bebês para se tornarem imunes ao HIV. O chinês He Jiankui foi criticado pela comunidade médica internacional. Diferente dos testes realizados nos EUA, o processo realizado na China é hereditário, alterando também o código genético de possíveis descendentes dos pacientes.
Os estudos começaram em 2017 e alguns dos participantes afirmaram que achavam que estavam participando de uma pesquisa para vacina contra o HIV. Esse caso levou à proibição da edição genética com CRISPR na China. Mais tarde, foi descoberto que, ao alterar os genes dos bebês, He Jiankui pode ter alterado também suas capacidades cognitivas.
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