“Medo, limitações internas e empreendedorismo floresceram a inovação no Brasil”
Por Lucas Bicudo
27 de fevereiro de 2018 às 18:45 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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A Innoscience é uma “assessoria de inovação”. Já são 10 anos de experiência educando grandes empresas, como Coca-Cola, Roche, Avon, Basf e Braskem, sobre como inovar. Os serviços da consultora são voltados àqueles que pretendem ter o domínio do processo de inovação, seja para buscar soluções na empresa em que trabalha, ou seja para criar novos negócios e assessorar empreendedores a inovar.
Alguns tópicos que passam pela agenda da Innoscience: o que é melhoria e o que é inovação; competências do inovador e como formar times de inovação; como delimitar um problema; técnicas de identificação de oportunidades; como gerar ideias e ir a campo; ferramentas de avaliação e refinamento de ideias; elaborar um plano de experimentação; desenhar o modelo de negócio e o projeto de implementação.
A pessoa por detrás de tudo isso? Maximiliano Carlomagno, administrador de empresas e mestre em Administração pelo MAN (PUC-RS). Possui certificado em Strategy and Innovation no MIT/SLOAN. Realizou cursos de formação na U.C Berkeley e Stanford University. Possui experiência empresarial desempenhando funções executivas em empresas nacionais e multinacionais. Tem mais de 10 anos de experiência de consultoria para alta gestão. Autor dos livros Gestão da Inovação na Prática (vencedor do Troféu Cultura Econômica 2011 – melhor livro de Administração) e Práticas dos Inovadores publicados pela Editora Atlas. É mentor Endeavor e Presidente do Comitê da Amcham.
Tivemos o prazer de conversar com o homem, questionar sobre a maturidade do ecossistema, benefícios dos modelos de conexão e projeções para o futuro. A começar com uma pergunta razoavelmente simples, mas que é o motivo de toda essa discussão: de onde surgiu todo o papo de inovação? Como uma empresa que antigamente passava cerca de 60 anos no S&P 500 agora pode ser substituída por uma nova a cada 15 dias? Qual que foi a fagulha que levou ao momento que vivemos?
“Em um primeiro momento – algo em torno de 5 a 10 anos atrás – as empresas adotavam estratégias de inovação aberta. Por exemplo: a Coca-Cola já fazia conosco um programa de inovação com o consumidor; a Pfizer Saúde Animal já fazia programas de inovação com veterinários. Já existiam iniciativas de inovação, mas de cunho externo, de buscar fora de casa. Era o entendimento das limitações dentro de casa, limitações na criação de um contexto adequado para interprender. Costumamos dizer que são precisas 4 coisas para empreender em um novo negócio: tempo, dinheiro, gente boa e um método adequado. Uma empresa não conseguia prover isso internamente”, começa.
O que rolou paralelo a isso é que tivemos um amadurecimento do ecossistema empreendedor brasileiro. De repente, o que era incômodo de um inquieto se tornou uma luz vermelha da Nova Economia, que profissionaliza grande parte dos agentes desse mercado. Não é mais apenas investir em centros de P&D; é ter diante de si o mundo inteiro inovando, se complementando – como uma comunidade científica.
“Se você pesquisasse lá em 2006 sobre inovação aberta, com quem você faz inovação aberta, as fontes seriam: fornecedores, clientes, institutos de pesquisa, parceiros, consultores – e não startups. Quando o ecossistema colou, as empresas pararam para olhar e viram que tinha um novo agente para se fazer inovação. Um agente mais bem instrumentado, ou seja, não era um veterinário para dar ideias à Pfizer sobre saúde animal; é um cara que montou uma startup de controlar os medicamentos que você dá para o seu cachorro. O que está movimentando as empresas agora é o entendimento de um ecossistema fortalecido, a consolidação da ideia de que internamente talvez você não consiga atingir os resultados esperados e o medo de que será disruptado”.
Segundo Max, esse é o tripé que nos levou ao momento de hoje: medo, limitações internas e o fortalecimento de um ecossistema que respira o novo. Isso criou uma fagulha. Fagulha que hoje já é chama e possui o potencial de se tornar incendiária. Quais seriam os próximos passos então?
“O que eu vejo no curto prazo é uma sofisticação de formas alternativas de conexão, além da conexão com equity. Por exemplo: uma empresa que tenha uma plataforma de IoT. Tudo que é startup de IoT ajuda essa empresa a encorpar sua plataforma, mas ela não vai necessariamente contratá-las como fornecedora. Ela vai pegar essas startups, leva-las a sua base de clientes e falar: além da minha solução, tenho essas complementares. Ela vai ampliar seu portfólio e fazer um acordo de cooperação comercial com a startup. A sacada é: desenvolvimento de novos formatos”.
Para o administrador, o primeiro ponto para que o conceito evolua é sempre ter em mente O QUE a empresa quer fazer. Há muitas startups e alternativas de modelos de conexão, mas sem saber seus objetivos, provavelmente, você acabará desperdiçando muitos recursos. O segundo passo é, a partir do alinhamento estratégico, identificar COM QUEM fazer. A medida que você tem clareza do que quer, ficará evidente quem pode ajudar. Por fim, e, somente nesse momento, você decidirá o COMO fazer, elegendo se optará por um programa de aceleração com equity, a montagem de um challenge ou contratar startups como fornecedoras. Max vai além:
“Mais do que variar os modelos, precisamos amadurecer a relação para além do pitch. Não dá para depositarmos toda a expertise em minutos de apresentação. O objetivo final é fazer negócios, não pitch. Temos que preparar a conexão para além do pitch, fazer pilotos rodarem. É parecido com o que aconteceu com o que estávamos conversando sobre inovação. À princípio inovar era ter uma ideia, mas ninguém sobrevive de ideia, ela tem que ser executada”.
Por fim, a aposta do consultor é na conexão de toda a cadeia, que começa com o pesquisador de universidade – hoje solto e desconexo. “O que conectamos hoje é o empreendedor digital, não é o cara fazendo ciência aplicada. É app, não uma vacina. A sacada aqui é ampliar os modelos de conexão, executá-los com maior profundidade e variar as fontes de inovação. Amadureceremos diante desse cenário”.
De olho nesse movimento,
a StartSe – em co-realização com a Innoscience -, está lançando o Fast Innovation, evento focado em inovação para cultura de gestão corporativa.
Como vai funcionar?
Serão 6 encontros presenciais de 1 dia, durante 3 meses. Além disso, terão 6 mentorias online entre cada encontro, um pré-work online antes do 1º encontro e serão selecionados de 10 a 15 times de projetos de diferentes empresas.
A ideia é promover a conexão com o mindset de startups e empreendedores, possibilidade de colaboração e troca de experiências entre os participantes. Em um primeiro momento, entenderemos o trabalho que precisa ser feito em uma determinada empresa – busca por insights, evidências e estabelecimento de empatia com a situação atual. Na sequência, ideação e priorização das diferentes possibilidades a serem desenvolvidas; desenho e estruturação do modelo de negócio da ideia; desenvolvimento da primeira versão já refinada para validação; validação do protótipo com públicos interessados; e, por fim, definição do plano de scale up e preparação de desdobramento.
Interessado? Acesse esse link para mais informações e acelere seu projeto de inovação corporativa.
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