Compra da XP pelo Itaú é prova de que grandes empresas precisam temer startups

Por Da Redação
11 de Maio de 2017 às 11:41 - Atualizado há 5 anos

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Vamos ser honestos com nós mesmos: embora o Itaú negue, grandes e renomados veículos jornalísticos estão dando como certa a aquisição da XP Investimentos pelo banco. E se não houver nenhuma reviravolta nos “finalmentes” das conversas (talvez por conta das notícias), o anúncio da operação deverá ser feito nas próximas horas. E o Itaú comprará uma das empresas de finanças mais promissoras do Brasil.
E vamos continuar sendo honestos: a XP Investimentos nasceu como uma startup, lá em 2001, fundada pelo Guilherme Benchimol e Marcelo Maisonnave (atual sócio do StartSe). Só não recebeu este nome e só não é chamada de “fintech” pois estes termos não estavam na boca do povo lá atrás. Usando tecnologia, a XP conseguiu aproximar os mais diversos investidores de investimentos de todo o mercado.
E tinha uma mentalidade (tenho a impressão de não ter mais, mas isso é papo para outra hora) de ser rápido, testar novas possibilidades atrás de novas fontes de negócio. Como uma boa startup pode ser. Em tempos “pré-Lean Startup”, a XP Investimentos foi um grande expoente do mercado brasileiro de startups intuitivas.
Fez tudo certo e vale bilhões hoje em dia – a ponto do Edson Rigonatti, sócio da Astella Investimentos, considerá-la uma das “unicórnios verde-amarelas”. Se tornou uma gigante com R$ 68,8 bilhões de ativos sob gestão, mas ainda uma pequena fração do que o Itaú e Bradesco possuem.
Tamanho tamanho (sem a intenção do trocadilho) e potencial gerou uma coisa: cobiça. Fazendo a vida falando mal de bancos, a XP foi atacada (quase copiada) no mês passado quando o Itaú resolveu lançar uma campanha de televisão para lançar sua nova plataforma de investimentos para os clientes Personalité. “Para quê investir com quem só entende de investimento e não entende de você?”, perguntava o Itaú na propaganda.
Pois ali era o primeiro sinal, natural, de que a instituição tinha medo do que a XP podia fazer. Esses bilhões de ativos sob gestão na corretora (que se auto-intitulou o primeiro shopping financeiro do Brasil) não vieram do nada. Vieram do Itaú, do Bradesco, do Banco do Brasil e de outros grandes bancos no Brasil. A XP oferecia um serviço considerado superior e atraía os clientes destas instituições.
Aquisição de startups para não perder mais
Para estancar a sangria e ter mais uma chance de crescer, o Itaú resolveu comprar a XP. Se os veículos de mídia estiverem certos, vão pagar R$ 6 bilhões por 49% da empresa – avaliando a companhia em cerca de R$ 12 bilhões. Pode sair barato para a empresa.
Isso poderia ter sido feito antes, quando a XP ainda era um escritório em Porto Alegre, inclusive com alguns dos principais nomes do StartSe atualmente (além do Marcelo, Pedro Englert e Eduardo Glitz estão empreendendo conosco aqui!). Adquirir startups é uma excelente forma para as grandes corporações continuarem inovando e continuarem crescendo. Mesmo que seja para adquirir talento, às vezes.
Ou essas mesmas startups validam seus negócios e começam a crescer assustadoramente, ameaçando o reinado das empresas estabelecidas e até matando-as se tiver oportunidade. Ao mesmo tempo, grandes corporações podem ser os grandes amigos destas startups, lucrando com elas – montando relações saudáveis. Essa relação é muito bem explicada neste e-book gratuito.
Seja como for, fica claro que o Itaú teme a XP Investimentos. E que grandes corporações precisam ficar de olho nas novas entrantes em seus mercados, antes que seja tarde demais. O Itaú podia ter economizado bilhões se tivesse comprado a XP quando ainda era um pequeno escritório em Porto Alegre, ou apenas investido nela. Hoje, compra para não ser atrapalhada e atropelada por uma grande concorrente. Grandes corporações temem startups.
Disclaimer: embora exista uma relação entre pessoas do StartSe e da XP Investimentos, esta matéria não se baseia em nada que não seja as matérias lançadas em grandes veículos de mídia, como Valor e Estadão. Todos os sócios do StartSe que eram sócios da XP venderam suas posições no passado e não fazem parte mais do corpo diretor da empresa. Não há informação privilegiada, apenas uma análise do que fez o Itaú querer comprar a XP.
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