Como a Inteligência Artificial da IBM está transformando a saúde mundial

Por João Ortega
17 de abril de 2019 às 12:44 - Atualizado há 2 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
A Inteligência Artificial é uma tecnologia com potencial de causar impactos profundos em todas as indústrias e mercados. A saúde não é uma exceção. As figuras do médico, enfermeiro, farmacêutico e cientista hoje são centrais para uma sociedade saudável como um todo, e continuarão sendo. Porém, a Inteligência Artificial está se tornando, cada vez mais, uma ferramenta muito importante em diversos processos do setor.
Neste cenário, a IBM é uma das empresas que cria mais soluções tecnológicas para a área de saúde em escala global. Desde outubro de 2015, a multinacional tem uma unidade focada em inteligência artificial para a saúde, chamada de Watson Health. O brasileiro Gustavo Bravo é responsável por uma das linhas de produto da divisão da IBM, será palestrante do evento Healthtech Conference, e conversou com a StartSe sobre as soluções da companhia na área.
Departamento multidisciplinar
Na época da criação da divisão do Watson Health, a IBM adquiriu quatro empresas na área de saúde: Explorys, Phytel, Merge Healthcare e Truven Health Analytics. “Muito da expertise nessa área de saúde veio com a aquisição das empresas”, revela Gustavo.
O departamento cresceu com cada vez mais profissionais de áreas distintas do conhecimento. Para o executivo, ter uma equipe multidisciplinar é decisivo para criar soluções eficientes, que geram valor. “Temos desde profissionais de TI, focados em ciência de dados, inteligência artificial, programação e machine learning, até profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos e cientistas”, exemplifica Gustavo Bravo. “Esta interação de colaboradores com backgrounds diferentes é muito importante”.
IA na prática
As soluções do Watson na área de saúde já são utilizadas por diversas instituições. Um exemplo é o Fleury, empresa da área de diagnósticos, que recentemente começou a oferecer o Oncofoco.
O exame usa a inteligência artificial para cruzar informações de 72 genes do paciente com artigos científicos e estudos clínicos no mundo todo. Estes genes são relacionados a diferentes tipos de tumores, e o resultado da análise do algoritmo da IBM oferece aos médicos um relatório detalhado com possíveis métodos de tratamento e medicação para o paciente em questão.
Outra solução que usa a tecnologia da IBM é da Mayo Clinic, uma organização de pesquisa clínica presente em três estados norte-americanos. A inteligência artificial analisa dados de pacientes ao redor dos EUA e identifica quais estariam aptos a pesquisas específicas na Mayo Clinic.
Em 18 meses de projeto, os “matches” aumentaram em 84% a quantidade de pacientes que participaram das pesquisas clínicas. O tempo para encontrar um paciente específico para determinado estudo também caiu radicalmente. Consequentemente, a organização publica mais resultados e contribui cada vez mais para o avanço da medicina.
Fomento à pesquisa
“A grande maioria das soluções criadas pela IBM são feitas em parceria com instituições especialistas em seu campo de atuação”, afirma Gustavo Bravo. Neste sentido, a empresa de tecnologia está sempre fomentando estudos que contribuem com o sistema de saúde como um todo.
Além disso, quando a Watson Health lança um produto, ela busca validar sua eficiência com pesquisas. “Temos um time de ‘Data & Evidence’, em que os profissionais trabalham com instituições que estão utilizando nossas tecnologias para demonstrar seus benefícios”, explica o executivo brasileiro. “Temos três artigos sendo publicados no mês que vem na maior feira de oncologia do mundo. Todos eles foram construídos ‘a quatro mãos’, unindo a expertise dos pesquisadores das universidades e dos profissionais da IBM”.
Mercado brasileiro
“A IBM é uma companhia global que desenvolve soluções globais. Existem desafios para a adoção de inteligência artificial no mundo todo”, explica Gustavo ao ser questionado sobre o mercado de saúde no Brasil. “Dito isto, cada mercado tem suas particularidades”.
Na visão do executivo, em todos os setores existe a necessidade de educar os usuários sobre o potencial positivo da Inteligência Artificial. Ou, em suas palavras, “desmistificar a tecnologia”. Entretanto, neste sentido, o Brasil tem uma cultura de adoção das soluções do Watson similar a de países desenvolvidos.
O que Gustavo vê como grande desafio na saúde brasileira é a digitalização das informações. “Para aplicar inteligência artificial em qualquer segmento, são precisos dados digitalizados. A informatização do sistema de saúde, em que muitas vezes os dados estão em papel ou sistemas arcaicos, é essencial para aplicar este tipo de tecnologia”, explica.

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários