CEO do Google rebate críticas da IBM sobre projeto de computação quântica

Por Isabella Carvalho
31 de outubro de 2019 às 08:44 - Atualizado há 3 anos

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Na última quarta-feira (23), o Google publicou um artigo na revista Nature, onde afirma ter alcançado a supremacia em computação quântica. Os pesquisadores da empresa realizaram uma operação matemática complexa em três minutos que, por meio da computação tradicional, demoraria cerca de 10 mil anos.
A pesquisa foi liderada pelo cientista John Martinis, da Universidade da Califórnia, envolveu 76 pesquisadores de 10 institutos e durou cerca de cinco anos. Em entrevista ao MIT Technology Review, Sundar Pichai, CEO do Google, falou sobre o projeto e expectativas para o futuro.
Quando questionado sobre uma demonstração mais ampla da supremacia quântica, o executivo afirmou que seria preciso construir um computador com mais “bits quânticos”, ou qubits, capaz de executar tarefas por períodos maiores, trabalhando com algoritmos mais complexos.
O executivo ainda comparou o projeto com o primeiro voo dos irmãos Wright, pioneiros da aviação. “Se em algum campo você tem um avanço, você começa em algum lugar. Vou citar uma analogia dos irmãos Wright. O primeiro avião voou apenas por 12 segundos e, portanto, não havia aplicação prática disso, mas mostrou a possibilidade de um avião voar”.
Aplicações
No artigo publicado, os pesquisadores afirmam que estão próximos a chegar em aplicações valiosas da ferramenta. De acordo com o CEO, os computadores quânticos poderão, por exemplo, auxiliar na melhoria do processo de Haber-Bosch, realizado para a produção de fertilizantes nitrogenados. Hoje, ele traz uma série de efeitos nocivos ao meio ambiente, mas em cerca de uma década, segundo Pichai, isso pode mudar.
“Ainda estamos a alguns anos de expandir e construir computadores quânticos que funcionarão bem o suficiente. Outras aplicações em potencial [poderiam incluir] projetar baterias melhores. Enfim, estamos lidando com química. Estou tentando entender melhor onde eu colocaria meu dinheiro”, disse.
Para Pichai, a computação quântica é extremamente importante, já que abre um novo leque de possibilidades que não existiam até hoje. “A razão pela qual estou empolgado com um marco como esse é que, embora as coisas demorem muito tempo, ele impulsiona o progresso no campo”, ressaltou.
Hoje, o Google tem uma equipe dedicada à computação quântica. Os pesquisadores se baseiam em anos de pesquisa da empresa para desenvolver novos projetos.
Resposta a IBM
A IBM foi a primeira a contestar o estudo oficialmente. Uma das críticas realizadas pela empresa é de que o termo “supremacia quântica” é enganador, já que implica que os computadores quânticos podem superar os clássicos em todos os aspectos. Em resposta, Pichai afirmou que este é um ‘termo técnico da arte’. “As pessoas da comunidade entendem exatamente o que esse marco significa”, disse.
Segundo o executivo, a publicação do artigo é relevante justamente para esclarecer o papel da computação quântica nos dias de hoje. “É importante ajudar o público a entender onde estamos, quão cedo é e como você ainda aplicará a computação clássica à maioria dos problemas”.

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