8 tendências para o futuro do trabalho

Por João Ortega
29 de janeiro de 2019 às 15:25 - Atualizado há 3 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Um estudo divulgado pelo Linkedin, em parceria com a Worth Global Style Network, empresa de previsão de tendências, buscou mapear os caminhos para o futuro do trabalho. Passando por temas como educação, remuneração, automação e valores humanos, a pesquisa criou um panorama do que se espera dos profissionais do futuro – e o que eles podem esperar em troca.
“Apesar do pessimismo que ronda o imaginário sobre o futuro do trabalho, onde a automação poderia tornar as habilidades humanas obsoletas, o comportamento das novas gerações e o próprio excesso de tecnologia estão atraindo valores humanos para os negócios, a educação e as escolhas profissionais. As prioridades humanas mudaram: vamos entender para onde elas estão indo e como isso afeta o futuro do trabalho”, mostra a pesquisa.
Veja abaixo 8 tendências apontadas pela pesquisa Tech is Human: O Futuro do Trabalho, do Linkedin em parceria com a WGSN:
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1. A economia será cada vez mais compartilhada
Tendência que já se consolidou no mercado de transporte – alavancado pelo Uber – e de acomodações – Airbnb, por exemplo –, a economia compartilhada não deve parar de crescer nos próximos anos. A pesquisa relata que, até 2025, US$ 335 bilhões serão movimentados em negócios com este modelo.
O “novo modelo econômico terá efeitos a longo prazo nas regulamentações governamentais, no planejamento cívico e no futuro do trabalho e do desenvolvimento regional. Em países com economias instáveis, a economia compartilhada é uma fonte de renda segura”, aponta o estudo.
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2. Ceticismo gera transparência
Escândalos éticos, vazamentos de informações e invasões hackers tomaram grande parte das notícias relativas a grandes empresas de tecnologia nos últimos anos. Esses fatores, aliados a um medo “natural” de uma nova economia que pode ser pouco concreta para parte da população criaram um ceticismo em relação aos negócios.
O ceticismo, que pode ser encarado como uma ameaça aos lucros, tornou-se gatilho para um aumento na transparência. Empresas que não se relacionam de forma simples, direta e transparente com o consumidor sofrem com desconfiança. Tornar o negócio mais claro ao cliente é a norma do futuro.
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3. Educação e “mindfulness”
A educação tradicional tende a, de forma gradual, ceder espaço a uma forma de aprendizagem mais consciente da saúde mental do estudante. Não basta acertar todas as questões de uma prova de matemática: o bom aluno terá consciência do próprio corpo e um comportamento saudável em relação a outras pessoas a sua volta.
A tendência é que uma educação mais holística seja adaptada às escolas. Meditação, exercícios de respiração e de autoconhecimento devem tomar cada vez mais tempo em sala de aula. O desempenho no trabalho, ao longo do tempo, estará cada vez mais associado ao equilíbrio emocional.
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4. Marcas estarão presentes na educação
A separação entre a universidade e o mercado de trabalho tende a diminuir. “Mudanças tecnológicas e sociais estão transformando as habilidades que as empresas vão exigir de seus empregados. Enquanto o sistema de educação global luta para acompanhar essas mudanças, as marcas atuam como empreendedores sociais, oferecendo seu apoio e parceria. Isto está lançando as bases para novas parcerias educacionais que trazem à tona uma experiência de aprendizagem inovadora, responsiva e orientada para a realidade mais prática possível”, constata o estudo.
Ainda há resistência dentro das instituições de ensino superior acerca da entrada das marcas na sala de aula. Entretanto. já é difícil de se imaginar que a academia conseguirá se atualizar diante de um mercado em constante transformação sem criar parcerias com as próprias empresas de ponta.
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5. Funcionários móveis
Hoje, os EUA já contam com 53 milhões de trabalhadores autônomos – os chamados freelancers. Além disso, mesmo funcionários fixos estão trabalhando cada vez mais remotamente – desde 2009, houve aumento de 50% nesta forma de atuação no mercado norte-americano. Normas relativas a horas trabalhadas e presença no escritório estão caindo.
A fluidez destes regimes e a distância entre empregador e empregado criam a necessidade de uma nova forma de gestão de funcionários. “Empresas estão integrando seu gerenciamento de capital humano, de sistemas de gerenciamento de fornecedores e de freelances a sistemas baseados em nuvem, que permitem gerenciar todo o trabalho a partir de um único painel”, afirma a pesquisa.
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6. Inclusão e diversidade
A reputação das empresas não fica restrita apenas à qualidade dos produtos que elas oferecem. Agora, e com previsão de crescer no futuro, a promoção de inclusão e diversidade significa ser mais bem visto pelos consumidores. Isto vai desde o marketing da marca – que pode se vender com uma empresa que promove valores progressistas – até o próprio ambiente de trabalho, onde é necessária uma visão diversa em todas as áreas.
“A tecnologia promete ajudar a diminuir o preconceito de gêneros”, afirma a pesquisa do Linkedin em parceria com a WGSN. A inteligência artificial promete acabar com os currículos e avaliar as capacidades da pessoa, bem como os valores que ela pode trazer para tornar a equipe mais diversa.
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7. Automático ou analógico? Futuro é híbrido
Um relatório de 2018 do Fórum Econômico Mundial afirma que, com o avanço da robótica, 75 milhões de empregos serão extintos, seguidos pela criação de 123 milhões de empregos que ainda não existem. Ou seja, o saldo será positivo: novas funções criativas substituirão trabalhos repetitivos ou demasiado simples.
A pesquisa Tech is Human: O Futuro do Trabalho aponta para uma colaboração entre robôs e humanos para um futuro híbrido e mais eficiente. “As máquinas aprendem colaborando com as pessoas ao seu redor e, se não conseguirem resolver um problema, simplesmente pedem ajuda ao humano mais próximo”, explica o estudo.
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8. Emoção no centro de tudo
Os sistemas automatizados estão se tornando responsáveis não apenas por funções mecânicas e repetitivas dentro de uma empresa, mas por “pensar”, por meio da inteligência artificial, a organização das próprias empresas. Se as máquinas podem substituir até o raciocínio humano, o que resta de exclusivo a nós? A emoção.
O estudo aponta que a preocupação com a inteligência emocional dos funcionários passará a ser prioritária. “Devemos nos perguntar: como as empresas podem construir inteligência emocional em serviços e na cadeia de valor? Como atender a consumidores que se importam com os valores das empresas de quem contratam serviços e compram produtos? Como refletir esses valores nas marcas e como garantir uma relação mais emocional com consumidores, como um contrapeso a tão alta tecnologia?”, questiona a pesquisa.
No desenvolvimento da inteligência artificial, o principal desafio é tornar as máquinas mais “humanas”. E isso passa por um entendimento de que o sentimento e a emoção fazem parte sim do ambiente de trabalho. “À medida que os humanos se tornam mais digitais, a tecnologia se tornará mais humana”, completa o estudo.

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