Case Índia: como a fintech SalaryFits desembarcou e se encantou

Por Da Redação
7 de abril de 2017 às 15:27 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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*Por Alvaro Amorim, CEO da SalaryFits
Eu sou Alvaro Amorim, 34 anos, mineiro, de Belo Horizonte, e há um ano eu desembarcava pela segunda vez na Índia. Pisava naquele instante nesta terra de cultura milenar, sob um caráter imensamente diferente de todas as outras vezes que o time SalaryFits por aqui antes tinha pisado. No dia 25 de fevereiro de 2016 a aterrisagem se dava para verdadeiramente desenvolver e executar cada detalhe da operação SalaryFits. Eu aqui chegava como um executivo que se juntaria aos 1,3 bilhões de indianos. Eu aqui chegava para morar, para viver a Índia.
Anteriormente a esta data, por 14 meses, em conjunto com meu time, pesquisei a fundo o mercado indiano. A criação de um benchmark foi crucial para os primeiros passos in loco e até hoje é algo relevante em meu cotidiano. O ato de empreender, além de foco, feeling, aptidão e maturidade requer estudo. E este último em caráter avançado, pois, em um local tão singular e com um potencial de oportunidades avassalador, a franca preparação é algo indispensável.
A análise pormenorizada de cada nuance do mercado alvo é o que poderá diferenciar positivamente um projeto de sucesso de uma outra investida qualquer. Cruzar oceanos requer cuidados. Mas quando se encontra a sinergia necessária do que se possui em mãos e o alvo do empreendedor é porque é chegada a hora de alterar o plug da tomada e planejar a melhor rota de execução de seu plano.
A história SalaryFits Índia, no entanto, não se deu com o simples desembarque no país, como deve-se imaginar. Após 15 anos de liderança alcançada no mercado brasileiro de gestão eletrônica de empréstimo consignado, a Zetra, uma das maiores empresas fintech da América Latina, por um modelo spin off, lança ao mercado internacional a SalaryFits. E lhes digo com um orgulho único, alimenta meus dias de alegria e gana participar desde o início deste projeto. Hoje estamos presentes no México, Reino Unido, Portugal, Itália e Espanha.
Mas esse texto é sobre a Índia. Então, vamos adiante? Com prazer! País de contrastes impares. Sabores, costumes, cores, religiões diversas, jeitos, gestos, números de uma economia em franco crescimento e oportunidades ainda não muito experimentadas por nosso olhar ocidental. E como isto apimenta o projeto. Ah…sim! A pimenta… e não só essa, mas também a massala, os trajes e costumes cotidianos, isto tudo faz parte do se envolver na cultura. O que nada mais é do que uma regra irretocável deste jogo. Um jogo que pode chocar e encantar. Antes um entusiasta do projeto que faço, hoje sou também um apaixonado por esta adorável Índia.
Antes de pousar por aqui em fevereiro de 2016, quantas noites em claro, o fomento da construção de uma linha de contatos e em sintonia com o fuso horário acentuado colocava a mim e ao meu time muitas vezes por madrugadas a fio em reuniões, calls via Skype. Contudo, logo no início de nosso projeto entendemos o quão peculiar é o mercado indiano e que a imersão in loco era uma bela alternativa. E assim fizemos!
Garanto-lhes que cada “head shake” possui um sentido, cada reunião um tratamento único, cada buzina em um transito tão organizadamente desorganizado e repleto de animais sagrados circulando entre os carros e pessoas tem um motivo. Cada follow-up após os primeiros contatos com o mercado fará a diferença. Não lhes escondo, requer estratégias, planos bem traçados e domínio do país para começar a caminhar por aqui.
Impossível? De forma alguma. Foco e persistência são um dos temperos que devemos usar na receita de empreendedorismo. A SalaryFits tem usado pitadas generosas destes quesitos em seu dia-a-dia.
Pois, imaginem… Antes de apresentarmos nosso modelo de negócio ao mercado – gerenciamento eletrônico do credito consignado -, foi preciso que criássemos o produto financeiro por si só. Por analogia, era o mesmo que ter vindo vender capinhas de smartphone para 500 milhões de trabalhadores ativos em um país que não possui smartphone. Tarefa estratégica: criamos o salary deduction loan e hoje orgulhosamente o gerenciamos.
Fato histórico: a Índia, após sua recente libertação dos ingleses, de fato, fechou-se para o mercado externo. Mas, com cautela nacionalizou-se e potencializou-se por seus fortíssimos grupos econômicos. Hoje, extraordinariamente, abre suas portas para o mundo apresentando possibilidades únicas e fantásticas de desenvolvimento e de conexão com outros mercados. Vale conhecer e pesquisar.
É isso! Vale a interação. A Índia está madura no cenário econômico e dos negócios. Aqui é preciso viver com a alma o foco traçado. Há de ser visionário. O acreditar irrefutável no final do mais árduo dia é o que muitas vezes lhe manterá ativo perante qualquer dificuldade. E dificuldade? Apenas tempera o desafio. Principalmente neste país fabricante de soluções tecnologias inacreditáveis e que experimenta neste instante um conceito tecnológico integralmente brasileiro.
A SalaryFits, por sua plataforma eletrônica, integra sua solução, sem custo algum para o empregador, com folhas de pagamento de grandes organizações – tanto públicas como privadas – com os sistemas de instituições financeiras, permitindo, assim, que o indivíduo e que o time de colaboradores passe a ter acesso a linhas de credito antes não alcançáveis.
O universo criado pela SalaryFits permite que o empregado possa dialogar por seu App ou via browser com instituições financeiras e oferecendo uma porcentagem de seu salário como garantia de um empréstimo pessoal. O empregado experimenta uma linha de benefícios nunca antes ofertado no mercado.
Ainda, pelo olhar dos bancos, em um país de geografia e deslocamento tão complicados, a SalaryFits é tida como belíssimo canal de vendas sob um custo mínimo de operação. Além do business model favorável ao pais, o entrosamento da SalaryFits com o mercado indiano tem se tornado ainda maior pelos aspectos sociais de inclusão financeira da população. Os juros muito reduzidos, por consequência da segurança do conceito, colocam o formato como uma linha de credito sustentável para o mercado.
Os hábitos deste país de população tão desbancarizada passam por mudanças visíveis a olho nu. As famílias indianas, por gerações, sempre buscaram economizar grande parte de seus ganhos. O acúmulo de riquezas era um traço comum na sociedade. Atualmente, a alternância pelo estimulo ao consumo é uma cena já marcante no país. E também é daí que se dá um fato de que eu e meu time jamais preveríamos: “desmonetização”.
É isto. E esse “isto” eu também não conhecia tão a fundo assim. No dia 8 de novembro de 2016, o governo, por seu Primeiro Ministro, tirou de circulação as cédulas antigas de 500 e em definitivo a de 1000 rupias, obrigando que boa parte da população depositasse suas economias em contas bancarias. Tal medida tirou temporariamente 86% do capital circulante do país. Imagine o caos instalado. Dinheiro sem lastro, black money, valores ligados ao fomento de atos terroristas. Mas, também o momento cashless que a Índia tenta atingir, aumento dos índices de banalização e crescimento do recolhimento tributário sobre a renda. São fatores singulares, mas positivos deste momento. A população, mesmo que imediatamente tendo sofrido com as quilométricas filas bancarias, com a ausência de dinheiro circulante encara tudo até hoje com uma maturidade ímpar.
E ímpar, caindo como uma luva, também foi este momento “desmonetização” para as iniciativas fintech. E a SalaryFits está muito bem incluída neste contexto! O indivíduo, trabalhador de empresa usuária de nossa plataforma, pode realizar uma aplicação por empréstimo pessoal sem mesmo ter uma conta bancaria aberta. A garantia do salário, a dedução da parcela do banco ocorrendo na folha de pagamento atinge fortemente a bandeira da inclusão financeira.
Carteira digitais – as eWallets -, conceito que já desembarca no Brasil por iniciativa da SalaryFits, também foram não somente grande beneficiadas pela medida governamental recente, mas grandes soluções para o cidadão comum frente as mais usuais necessidades cotidianas.
A cena fortíssima de startups, com hubs com padrão de excelência, dá conta do quão poderoso é este país. O inventar, se adaptar, criar, desenvolver e executar faz parte da cultura. Mentes brilhantes por aqui estão e daqui levando mundo afora seus talentos. São mais de 200 milhões de indianos PHDs! Uma verdadeira potência.
Como dito, essa nação vasta, diversa, dona de possibilidades infinitas e de democracia forte está madura para se conectar com o mundo. Interagir com a Índia, não somente pela energia milenar maravilhosa do país, deveria ser tópico obrigatório de formação de um executivo ocidental, de um empreendedor de visão. A Índia está de portas abertas para o diálogo.
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