A gigante Nintendo e a sua grande demora para entrar no mercado mobile

Por Da Redação
15 de setembro de 2016 às 00:28 - Atualizado há 6 anos

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*Por Lucas Braga, fundador da Mega Sprite
Dependendo da sua idade, você talvez não entenda porque a Nintendo parece ser tão importante para algumas pessoas, mas provavelmente você conhece ou pelo menos já ouviu falar da companhia, principalmente por conta de franquias como Mario e Pokémon e por conta da sua história na indústria dos videogames. A Nintendo esteve muito presente na vida de quem cresceu na década de 90, e boa parte desse público ainda nutre verdadeira paixão pela marca, e seus produtos. Mas e as novas gerações? A garotada que joga em plataformas mobile talvez nem tenha ouvido falar do GameCube, Wii ou 3DS, e que provavelmente não nutre nem nutrirá nenhum amor pela marca no futuro, pois ela não fez ou faz parte da sua realidade.
Na minha opinião, a Nintendo sempre foi uma companhia “estranha” em termos de inovação. Pouco tempo atrás, ela foi um ícone de inovação no setor, ao lançar o Wii que não comprava a briga de seus competidores em oferecer gráficos ultra-realistas, jogabilidade complexa, mundos imensos e profundos. Em vez disso, resolveu lançar controles com reconhecimento de movimentos, jogos voltados para a família e jogadores casuais, com gráficos simples, acertando em cheio em sua escolha e vendendo mais aparelhos que o XBOX 360, da Microsoft, e Playstation 3, da Sony.
Além disso, lançou o Nintendo 3DS, um console portátil com gráficos 3D que não precisa de óculos, que também foi um grande acerto da empresa e um sucesso de vendas, revivendo seu bom período de Game Boy – o primeiro videogame de mão, que a empresa lançou em 1989.
Por outro lado, a Nintendo sempre reciclou boa parte de suas franquias, utilizando algumas à exaustão, lança pouquíssimas franquias novas no mercado, não aparenta mostrar nenhum interesse em realidade virtual no momento e não tinha lançado nenhum projeto no mercado mobile, que estava revolucionando a forma que as pessoas jogam games.
Quanto ao mercado mobile, isso mudou na última conferência da Apple, que ocorreu em 7 de Setembro, quando o próprio Shigeru Miyamoto (figura icônica da Nintendo, responsável por franquias como Donkey Kong, Super Mario e The Legend of Zelda) subiu ao palco e apresentou o Super Mario Run com exclusividade inicial para iOS, sendo lançado para Android apenas ano que vem.
A Nintendo, sempre se recusou a entrar no mobile, por acreditar que isso diluiria a sua marca, o que faz sentido, mas que pra mim não justifica ausentar-se de um mercado ultra lucrativo. Ela sempre se esforçou para entregar experiências mágicas e superiores aos seus jogadores, e conseguiu realizar isso com sucesso muitas vezes. Porque não entregar uma experiência mobile superior a um público que a deseja? Porque não apresentar franquias consagradas a um novo público? Porque não testar novos projetos nas plataformas mobile, analisar a reação dos jogadores e depois elaborá-los mais profundamente em seus jogos para console de mesa? A Nintendo não precisa perder a mágica ao entrar no mundo mobile, e de quebra ainda tem a chance de ganhar muito dinheiro e novos fãs.
A Nintendo perdeu muitas oportunidades no mercado mobile, muito por conta da resistência de seus diretores e seu último presidente, mas agora parece estar mudando seu rumo, e apresentando ao mundo e principalmente a uma nova geração, suas franquias que são amadas por tantos mas desconhecidas por tantos outros.
Eu amo a Nintendo, ela fez parte da minha infância, mas vê-la perder tantas oportunidades, ou demorar demais para abraçá-las, me faz me perguntar até quando a Nintendo resistirá e não se juntará a tantas outras empresas que fizeram história no passado, mas que por dificuldades ao inovar e atender o mercado em suas novas demandas, foram a falência ou encontram-se inexpressivas hoje em dia.
*PS: Pokemon GO não foi um projeto autoral da Nintendo, quem realizou o projeto foi a Niantic. A The Pokémon Company (que é formado por Nintendo, Game Freak e Creatures Inc.) cederam os direitos para a Niantic realizar o projeto.

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