YouTube e Masterchef: qual a receita do sucesso dos vídeos de culinária?
Por Paula Zogbi
20 de outubro de 2015 às 16:13 - Atualizado há 7 anos

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SÃO PAULO – Nesta terça-feira (20) estreia a edição brasileira do programa Masterchef Jr, apenas 35 dias depois da transmissão da final da edição de 2015 do Masterchef Brasil. Paralelamente a isto, de acordo com o Google, em 2015 foi assistido o equivalente em horas a 2.600 anos de conteúdo de culinária no YouTube.
A conclusão óbvia é: as pessoas estão realmente “devorando” os vídeos de culinária, em seus mais diversos formatos. E isso é explorado de algumas maneiras diferentes, passando por todos os gostos. Segundo estimativas do site Social Blade, o canal de doces de Danielle Noce, por exemplo, fatura anualmente até US$ 191 mil, ou aproximadamente R$ 750 mil só com anúncios comuns de YouTube, sem contar patrocínios e product placements, por exemplo.
Mas o que será que tanto chama a atenção para este tipo de conteúdo?
Nem sempre a intenção de quem consome este tipo de programação tem realmente a intenção de cozinhar: muitas vezes, a busca é pela identificação com um personagem ou apresentador.
De acordo com Manuela Villela, gerente de parcerias do YouTube no Brasil, a linguagem é muito importante: “a Dani Noce, por exemplo, tinha a ideia de criar um canal para cozinhar doces, mas percebeu que tudo dava errado. Então ela adotou essa ideia de mostrar também o que dá errado, ela sempre deixa isso nos vídeos”.
Existem também canais cujo foco principal é o bom humor: o canal Rolê Gourmet, dos YouTubers Otávio Albuquerque e PC Siqueira, é um dos exemplos disso. O canal nasceu, segundo Otávio, “com o intuito de reunir os amigos, cozinhar, tomar uma cerveja e ficar falando besteira”. Boa parte dos seguidores do canal foca justamente na parte de “falar besteira” – e isso não é segredo para ninguém. A estimativa máxima de ganhos com anúncios no canal deles é de US$ 128,7 mil anuais (ou aproximadamente R$ 502 mil), mas o patrocínio também acontece.
“Levou mais de um ano até o canal conseguir o primeiro patrocinador, mas pra mim, o importante mesmo foram as portas abertas pelo canal — em menos de seis meses, pelo trabalho que estava desenvolvendo no Rolê Gourmet e com outros canais de culinária, fui contratado pela Tastemade, uma rede americana de canais do nicho”, diz.
Outra estratégia é igualar seu personagem ao público. O Canal Cozinha Para 2 gosta de explorar a máxima “se nós conseguimos fazer, qualquer um consegue”. A estimativa de ganhos anuais do canal é um pouco mais modesta: US$11,5 mil (ou R$45 mil) anuais, mas o gasto para manter o canal é praticamente nulo: o casal apresentador grava e edita tudo sem ajuda de uma equipe contratada.
No final das contas, a espontaneidade é o que mais conta em ambas as mídias: seja errando receitas, criando personagens, contando piadas ou assumindo uma postura leiga, a identificação com o público talvez seja mais importante do que a qualidade da comida que o canal está mostrando.

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