Para tudo: Estado brasileiro quer montar Agência Reguladora de Aplicativos

Por Da Redação
14 de novembro de 2016 às 09:46 - Atualizado há 6 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
Esses dias, elogiei em alto bom tom a decisão do governo brasileiro de reduzir alguns riscos do investimento-anjo – o que pode ser excelente. Hoje, infelizmente, eu tenho que dar uma criticada em outra atitude do governo: o Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil propuseram a criação de uma nova agência reguladora de aplicativos.
Bom, talvez essa seja a forma que eles encontraram mais fácil de matar toda a inovação que está surgindo no Brasil. Talvez seja a forma de mostrar algum orgulho nacional besta e fazer aplicativos estrangeiros “se curvarem”. Fato é: regulações muito pesadas podem diminuir (e muito) o ritmo de inovações que tivemos nos últimos anos.
Imagino que esse papo nasce por dois motivos: a série de bloqueios do WhatsApp que tivemos no último ano (em que as teles ficaram mais do que felizes em cumprir) e as mudanças que a Uber está fazendo dentro das cidades brasileiras (deixando os taxistas totalmente insatisfeitos). Seria esse o trabalho da tal agência, regular o funcionamento destes aplicativos e serviços.
Em um evento chamado Security Leaders 2016, realizado em outubro, Augusto Rossini, procurador do MP-SP e José Mariano Araújo Filho, especialista em Investigação de Cibercrimes e Inteligência da Polícia Civil defenderam a ideia, argumentando que o Marco Civil da Internet e a Anatel não são suficientes para regular aplicativos. “É preciso que se crie uma normativa clara, com a fundação de uma agência que pudesse fiscalizar e regulamentar todos os aplicativos que queiram atuar no Brasil”, declarou o procurador.
Em sua argumentação, Rossini disse que o Marco Civil não obriga os aplicativos a seguirem determinações da justiça brasileira quando necessário (tipo entregar dados que eles não possuem, no caso do WhatsApp). Com a agência, o poder público poderia pedir esses dados e os aplicativos vão ter que cooperar ou ficarem inoperantes no Brasil.
Araújo Filho chamou a atenção para um ponto interessante: ele não acredita que o WhatsApp é um serviço essencial e único, e que se ele saísse do ar, os usuários teriam várias outras opções de aplicativos de mensagens na mão (até mesmo o velho SMS!). É verdade, mas o incômodo que isso causa não é bacana.
Agora, vamos ver se a ideia vai para frente. Para o bem das milhares de inovações que surgem no Brasil (ou no mundo) todos os dias e que melhoram sua vida de maneira significativa, esperamos que não. Não vamos matar o próximo Netflix, Spotify ou Uber que surgirem em nossas vidas.
Via Canaltech
Não deixe de entrar no grupo de discussão do StartSe no Facebook e de inscrever-se na nossa newsletter para receber o melhor de nosso conteúdo!
[php snippet=5]

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários