Imagem negativa do País trava investimento de fora em startups brasileiras

Por Da Redação
2 de agosto de 2016 às 17:05 - Atualizado há 4 anos
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De “País do Futuro” o Brasil passou a ser uma grande decepção para os estrangeiros. A crise política do governo Dilma Rousseff, o processo de impeachment, a crise econômica, Zika e até as Olimpíadas (Baía de Guanabara muito suja…) acabaram fazendo que a visão de quem está lá fora sobre o País seja muito, muito negativa nos últimos meses.
E essa é uma grande preocupação de Patrick Sigrist, um nome fortíssimo do mercado brasileiro e que tem grandes conexões com o Vale do Silício, tendo morado em Palo Alto, coração da região. Além de investidor em algumas startups, Sigrist foi fundador e CEO da Disk Cook e co-fundador e presidente do conselho de uma das startups mais usadas e famosas do Brasil: o iFood.
Ele tem uma visão positiva do desenrolar do mercado nacional, que tem tido uma maturação nos últimos semestres. “Acho que o mercado está amadurecendo a cada dia e que isso é muito bom pro setor como um todo”, afirma o empreendedor e investidor.
Contudo, ele não destaca uma evolução tão rápida assim, preferindo dizer que o mercado tem se maturado de forma um tanto lenta. “Quantos aos investimentos, o processo de amadurecimento é muito lento, logo não vejo grandes mudanças com relação ao semestre atual”, destaca.
O problema, para ele, é a crise econômica e política que o Brasil vem vivendo, que prejudica nossa imagem e faz com que o investidor de fora não invista em nossas startups. “Com certeza a crise atrapalha. A instabilidade e incerteza assusta muito o investidor estrangeiro, que hoje ainda é muito importante no ciclo de investimentos das startups”, salienta.
Mas quão importante são esses investidores estrangeiros? Bastante, mostra Sigrist – que teve bastante experiência com isso na época de iFood, quando chefiava a área de fusões e aquisições, que requer um grande capital para operar. “Para uma empresa crescer e dominar o mercado, ela necessita de muito investimento, e muitas vezes é necessário fazer rodadas com grandes VCs de fora do Brasil”, diz.
E o pior. Sigrist dá o pior alerta possível ao empreendedor nacional que tem um negócio do tamanho em que é necessário buscar capital fora do Brasil: “Enquanto a situação não ficar estável, esses VCs param de investir no Brasil”.
Os investidores brasileiros, porém, estão se fortalecendo, embora ainda sejam poucos. “Temos uma grande falta de investidores anjos no brasil, que deverá melhorar com trabalhos como o que a StartSe está fazendo”, diz o empreendedor e investidor. Ficamos honrados com a lembrança e destacamos que tentamos, sim, fortalecer esse ambiente através de conhecimento.
O desenvolvimento é importante e faz com que as empresas brasileiras tenham mais chances de sucesso no futuro. “Isso será muito bom para o financiamento de negócios para os VCs de forma a fortalecer o ecossistema de startup que queremos no Brasil”, salienta.
Contudo, ele não acredita que a crise seja um problema para o investidor brasileiro – opinião compartilhada por outros nomes entrevistados pelo StartSe. “Olhando internamente não vejo que atrapalhe muito”, diz.
Ele destaca que empreender é um negócio arriscado e que quem quer embarcar precisa entender os riscos que estão sendo tomados antes de pular de cabeça. “As oportunidades nunca são obvias, elas estão sempre casadas com grandes riscos, e isso faz parte do jogo”, afirma.
Todavia, existem diversas oportunidades no Brasil – e muitas delas surgem exatamente na crise. “Mas com certeza o brasil ainda tem grandes oportunidades e nestes momentos de crise e incerteza, aparecem boas oportunidades para quem tem este perfil. Acredito que o setor de health e fintech ganharam maior evidencia na mídia”, salienta.
O necessário mesmo é seguir em frente com o País e superar a crise que está nos prejudicando tanto. “Estamos vivendo uma novela sem fim, temos que virar a página. Resolver a crise política, seja como for e começar a lidar com a crise econômica. Precisamos voltar a ter alguma credibilidade para voltarmos a atrair investimentos de fora”, termina.
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