Fintechs europeias avançam no Brasil e América Latina
Por Mariana Rodrigues
17 de maio de 2017 às 14:36 - Atualizado há 5 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Apesar do crescimento do ecossistema de fintech na América Latina, para as empresas de outros países o mercado em potencial ainda não explorado é visto como oportunidade. Nesse sentido, a especialista em bancos digitais e consultora Shriyanka Hore avalia que o avanço de fintechs da Europa no mercado brasileiro gera valor tanto para as empresas estrangeiras como para os negócios locais. Abaixo, a análise sobre a economia da América Latina e suas vantagens para os novos negócios estrangeiros, além de exemplos de iniciativas que já estão ou querem entrar no mercado do Brasil e dos países vizinhos.
Argentina, Brasil, Chile, México e Venezuela compõem as cinco grandes economias da América Latina. Enquanto a Colômbia é um mercado em rápido crescimento em fintech seguido pelo Peru, o Panamá está cada vez mais se tornando um mercado de teste para as startups norte-americanas.
O principal desafio para os bancos na região é ganhar confiança. Mudanças de política econômica, as altas taxas de juros e repetidas greves que chegam a durar mais de um mês levaram a população a desconfiar de todo o sistema financeiro.
Os consumidores preferem canais alternativos de empréstimos. As taxas de cartão no Brasil estão em três dígitos. Na Venezuela, houve imensa agitação após a desvalorização da moeda local. Em 2016, em meio às especulações de que o país estava à beira do calote da dívida, a Venezuela elevou o preço da gasolina em 6,086% e desvalorizou o bolívar em 37% para alimentos e medicamentos, na tentativa de impulsionar a economia.
Além do elevado custo dos serviços bancários, a questão da pobreza e a baixa bancarização são características na região. Nesse sentido, o investimento nas pessoas e a inclusão financeira são prioridades para uma mudança na economia. A indústria de fintech emerge como um facilitador chave do crescimento e uma alternativa à operação bancária tradicional.
América Latina como oportunidade
Embora a América Latina tenha sofrido com uma recessão na última década, o Banco Mundial informa que a região deverá crescer 1,8% em 2017 e a demanda doméstica já não é suficiente para alimentar o crescimento. Globalmente, o Brasil e o México são vistos entre os principais mercados para expansão de fintechs, e a Europa lidera a corrida.
No cenário atual, os players de fintech europeus têm as seguintes razões para avançarem no mercado latino-americano:
- A vantagem de linguagem dá uma penetração acelerada através de mídias sociais e estabelece conexão instantânea com seu público. Além disso, economiza com um único conceito de marketing ou desenvolvimento de discurso para lançamento em larga escala.
- Ultrapassar as leis rigorosas da zona do euro e passar para um mercado com menos regulamentação e com uma maior penetração de dispositivos móveis.
- Abertura de mercados inexplorados onde mais de 95% das empresas são pequenas e com pouco financiamento. Os consumidores são em grande parte não bancarizados e a penetração móvel é alta. A solução certa pode gerar valor para a fintech e os negócios locais em igual medida.
- Com o euro mais forte e a maior parte da América Latina em recessão, a expansão nos investimentos sobre os negócios locais proporciona um boom para os entrantes.
Algumas fintechs da Europa que já chegaram ou planejam entrar na América Latina:
Um intermediário de pagamentos digitais que tem uma história de sucesso na União Européia e está certificando sua operação no México, Colômbia, Panamá e República Dominicana, em parceria com empresas locais. | |
Klarna | A companhia sueca fornece intermediário de pagamentos digitais para mais de 65.000 comerciantes e agora está olhando para o financiamento ao consumidor. A avaliação recente de Klarna é de cerca de US$ 2,5 bilhões e está sendo fortalecida com a aquisição da empresa de crédito britânica Wonga e expansão na América Latina. |
Fintonic | A empresa de pagamentos móveis com sede em Madrid busca fazer incursões na América Latina com seu aplicativo de gestão de finanças pessoais, começando com o Chile. Recebeu recomendações de grupos como o BBVA e tem mais de 250 mil usuários no mercado espanhol. |
iZettle | A startup sueca foi uma das primeiras empresas a desenvolver um leitor de cartões de chip e aplicativo para smartphone que atenda aos requisitos de segurança internacional. Seus mercados de entrada na América foram Brasil e México. |
FeedZai | Uma empresa de ciência dos dados que foi criada por uma equipe de engenheiros aeroespaciais em Portugal. Aproveita o aprendizado em tempo real, baseado em máquina, para analisar grandes dados de comércio eletrônico e já entrou no mercado brasileiro. |
Saiba como fazer parte desse ecossistema
Para fazer parte do ecossistema global de fintechs, você pode cadastrar sua startup na MEDICI e na StartSe Base.
A MEDICI é uma base de dados que conta hoje com 7.000 empresas de todo o mundo. Ela pertence à Let’s Talk Payments (LTP), empresa global de conteúdo e pesquisas sobre fintechs.
A StartSe Base é a maior base de dados de startups do Brasil, com mais de 5.000 empresas cadastradas.
Sobre a Let’s Talk Payments (LTP)
A LTP é a principal plataforma de conteúdo e pesquisas sobre fintechs no mundo. Mais de 400 instituições financeiras e 90 programas de inovação recorrem à LTP para obter informações sobre as empresas que estão disruptindo o setor financeiro.
Mariana Rodrigues é colaboradora regular da LTP, focada no mercado de fintechs do Brasil. Ela é COO da SGC Conteúdo. Para acompanhar o conteúdo produzido pela LTP no Brasil e no mundo, cadastre-se na newsletter.
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