Um motivo faz com que a crise não afete as startups tanto assim

Por Da Redação
27 de julho de 2016 às 19:31 - Atualizado há 4 anos
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Que Brasília está um caos neste exato momento, ninguém em sã consciência duvida. Impossível no momento é saber com certeza qual será o futuro da nação depois do (longo) processo de impeachment de Dilma Rousseff, que pode resultar o retorno dela à presidência da República. A economia vive uma crise, uma das piores da história do Brasil.
Mas a luz no final do túnel começa a aparecer e dias melhores virão, principalmente para um setor tão favorável quanto o de startups. “Apesar da conjuntura econômica ainda não ser das mais favoráveis, continuamos com uma perspectiva positiva”, conta Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil, uma das instituições de investimento-anjo de maior destaque no Brasil.
Por mais que a crise atrapalhe, quando se fala do Brasil, é válido lembrar que nosso país ainda tem um potencial imenso pouco explorado: mercado novo, grande e com grandes deficiências que poderiam ser preenchidas por startups. “O Brasil ainda é um mercado novo em termos de startups, assim, ainda existem muitas oportunidades para serem exploradas”, salienta Spina.
Para ele, alguns setores deverão se dar melhor que outros, mas o que não falta no Brasil (e no mundo da tecnologia) é mercado a receber novas inovações por parte de grandes empreendedores. “Alguns setores estão em voga, como as fintechs e o agrotech, mas existem muitos outros que devem se desenvolver rapidamente, como tecnologias de internet das coisas, realidade virtual, entre outros…”, explica.
Spina lembra que a base das startups não tem nada a ver com o ciclo econômico nacional – e isso faz com que elas tenham maior resiliência nestes momentos de incerteza econômica. “Considerando que a base de toda startup é inovação e que negócios inovadores tem potencial de crescimento independentemente da situação macro econômica, acreditamos que exista potencial para expansão do investimento”, argumenta Spina.
Ele destaca, porém, que os investimentos são afetados, ao menos um pouco, por conta da crise econômica que vive o país, já que não há como blindar o humor dos investidores dos efeitos de uma economia estagnada. “Nos resultados da pesquisa recente que divulgamos em nosso Congresso no último dia 29/6, uma das questões era justamente se a decisão de investimento era afetada pela situação econômica do país; tivemos um resultado relativamente dividido, em que 44% dos respondentes afirmaram que não, 48% ‘em termos’ e 8% que sim”, conta o investidor.
Sendo essa uma pequena maioria, a conclusão de Spina é que, sim, há um efeito em investimentos. “Por estes resultados, podemos concluir que existe algum impacto da crise nas decisões de investimento, mas que sem dúvida é menor que em outros setores”, conclui.
Para ele, portanto, uma melhora do mercado viria com a melhora da economia e da política, tão complicada por conta das tramas que ocorrem em Brasília. “Acreditamos que com a resolução da questão política, trazendo maior estabilidade, sem dúvida irá contribuir para melhorar o ‘humor’ do mercado”, salienta.
Contudo, é válido lembrar que mesmo se o melhor cenário vier a acontecer, com a política completamente “domada” e a economia muito melhor, o problema brasileiro é muito mais sério e complexo que isso. “Mas para efetivamente acelerar o investimento, são necessárias além das reformas estruturais, políticas de proteção e estimulo a investimentos, como as efetivadas em países mais desenvolvidos”, afirma.
Um dos pontos que podem mudar o desempenho da economia é a possível regulação do setor de equity crowdfunding pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). “Em a regulação vindo para dar proteção e estimulo tanto para investidores quanto para empreendedores, sem dúvida é muito bem vinda, tomando o cuidado de não burocratizar ou pior, inviabilizar os investimentos, através de regras que engessem o mercado”, analisa.
Para ele, o mercado precisa de novas medidas para que a quantidade de dinheiro investido aumente cada vez mais e fortaleça a economia nacional, criando mais empregos. “Precisamos que sejam adotadas políticas de estimulo para investidores, como já as adotadas nos EUA e Europa”, explica o investidor.
E por fim, ele dá um exemplo sensacional do que poderia ser feito para estimular ainda mais o mercado de startups brasileiro: “Reino Unido concede abatimentos de imposto para quem faz investimento em startups, pois entende que isto movimenta a economia e não reduz a arrecadação, pelo contrário, até aumenta”.
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