Crise é uma grande oportunidade: tecnologia no Brasil se tornou um oásis de crescimento

Por Da Redação
29 de julho de 2016 às 14:29 - Atualizado há 6 anos

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Crescer é o objetivo de todas as empresas. E no Brasil que passa pela pior crise dos últimos 80 anos, este não é um comportamento muito comum da grande maioria das companhias. Há, porém, uma grande exceção:
O setor de tecnologia, que se desenha como um oásis para o investidor brasileiro em um ambiente de crise econômica. Nele, nascem dezenas, centenas e milhares de startups promissoras que crescem em ritmo elevadíssimo – muitas dobram de faturamento de um ano para o outro. Elas precisam, porém, de dinheiro para crescer.
Para Edson Rigonatti, da Astella – um dos maiores fundos de investimento em startups no Brasil, a crise é apenas um nome feio que se lê no jornal. “Esperamos manter o ritmo no segundo semestre e acreditamos que essa seja a mesma perspectiva para a maioria dos fundos de venture capital”, destaca o investidor.
Ele destaca que o segundo semestre, porém, deverá ser marcado por uma dinâmica um pouco diferente do habitual. “O mercado deve se concentrar um pouco mais em follow-ons, mas nada que mude o panorama setorial”, destaca.
“Isso ocorre para garantir que as boas empresas do portfólio aproveitem a crise para crescer mais rápido ou garantir que terão um colchão extra até a próxima rodada”, explica. Isso garantirá a solidez de empresas que já receberam investimentos e já são conhecidas pelos VCs, ao invés de um salto no escuro neste momento, dado que é uma possibilidade que coisas deem errado.
Não quer dizer que a crise não seja algo positiva, na verdade, para o investidor – que pode ter chances maiores de conseguir investimentos de qualidades a preços mais interessantes. “Para fundamentalistas, crises são sempre uma grande oportunidade”, diz. Se alguma coisa, crises tendem a jogar o valuation das empresas para baixo, e conseguir comprar pedaços significativos de startups que já estão dando certo a preços interessantes é o sonho de qualquer investidor. No momento que a crise passar os valuations voltam ao normal e o lucro é praticamente instantâneo.
É importante notar, porém, que a crise em setores mais tradicionais pode fazer com que outros investidores busquem aprender e entrem no mercado de startups brasileiros – o que é excelente para o ecossistema. “A demanda é sim afetada beneficamente pela bolsa, estagnação imobiliária e crise macro. E esses investidores enxergam em tecnologia, um oásis de crescimento”, afirma.
“Mas é claro que as expectativas macro e política estão melhorando significativamente”, destaca. Um ponto importante é notar a evolução da bolsa brasileira neste ano, que, por conta do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff, vem se recuperando do marasmo nos últimos anos: o Ibovespa, principal índice acionário nacional, já pulou mais de 30% em 2016 – um crescimento notável.
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Se as perspectivas para o próximo semestre são positivas, olhando para o longo prazo as perspectivas são melhores ainda – a começar pela mudança regulatória que, se bem feita, pode impulsionar o mercado ainda mais. “É super importante a regulação por parte da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Temos um arcabouço regulatório de primeiro mundo, o que favorece a captação internacional”, comemora Edson.
Ele também não tem medo da mudança de regulação que está sendo discutida na autarquia no momento e que pode criar dificuldades (muito embora até agora a sinalização tem sido positiva). “Percebemos como evolução e não retrocesso”, explica.
Uma vantagem é que a evolução qualitativa do ecossistema brasileiro, que vem melhorando significativamente nos últimos anos e está em um nível muito interessante já. “Quanto mais empreendedores e equipes com experiência, melhor é”, diz.
A natureza do próprio setor de startups faz com que tenhamos cada vez mais empreendedores qualificados, criando empresas inovadoras e bem geridas no Brasil. “A oferta (empreendedores) melhora por questões competitivas e pela natureza aberta do segmento, aonde trocar experiências e aprendizado é cool”, destaca.
Outro ponto que ajuda nesta troca de informações é o fluxo de pessoas que vão para fora e os que vem para o Brasil, voltando ou não. “Há uma polinização de talentos globais. Muito brasileiros indo para o Vale do Silício, talento estrangeiro vindo para o Brasil, prestadores de serviços vindo para o Brasil”, explica.
Para o ecossistema, só melhorias – e isso deve continuar nos próximos semestres, na visão de Edson. “O nível tem subido cada vez mais rápido e o mercado inteiro ganha”, conclui o investidor.

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