Agronegócio: o fim de uma era?
Por Júnior Borneli
21 de Maio de 2019 às 15:00 - Atualizado há 2 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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A agricultura e a pecuária, como conhecemos, não existirá mais num futuro próximo. Até aqui, a evolução tecnológica tornou o agronegócio mais eficiente, mais produtivo e mais rentável. Evoluímos, mas sobre a mesma matriz.
Porém, as tecnologias que estão sendo criadas agora – e já colocadas em prática – serão capazes de mudar tudo o que fizemos até agora. Você vai entender.
Atualmente, 75% da área arável do planeta é utilizada para a criação de gado. Parte para pastagem e parte para cultivo de grãos para a alimentação dos animais.
O rebanho bovino ultrapassou em 2018 a marca de 1 bilhão de cabeças. Existe um boi ou vaca para cada 7 pessoas, aproximadamente. Só no Brasil o mercado de proteína animal movimentou R$ 150 bilhões em 2018 e empregou cerca de 6 milhões de pessoas.
Agora imagine um cenário onde os bois não são mais necessários para a produção de carne. Se você retirar este único elemento da cadeia do agronegócio, acontece um fenômeno parecido com uma fileira de dominós, onde uma peça derruba a outra, até que todas estejam no chão.
Há pelo menos 4 anos, algumas empresas estão trabalhando numa nova indústria chamada “Substitutos da Carne”. Esse movimento se fortaleceu no Vale do Silício, berço de empresas como Uber, Airbnb, Apple, Google, Tesla e tantas outras.
De lá pra cá, a evolução foi impressionante. Nos Estados Unidos é possível comer “carne de laboratório” em qualquer lanchonete. E, apesar de ser feita de planta, a carne é tão boa quanto a carne de verdade. A empresa líder desse movimento no mundo é a Impossible Foods.
Tudo bem, você deve estar pensando: “carne de planta não é carne!”. E, de fato, não é. Apesar de ter gosto, cheiro e aparência de carne.
Mas veja isso. Outra empresa do Vale do Silício, a Memphis Meats, foi além. A partir de células tronco de animais, esta empresa fez crescer carne de verdade. Carne mesmo, como a do boi, do frango e do peixe. Mas sem a necessidade de ter um rebanho gigantesco.
As duas carnes – de planta e de células tronco – pode ser degustada em diversos restaurantes nos Estados Unidos. Mas você acha que isso só existe lá? Enganou-se.
Aqui no Brasil, nos restaurantes Spoleto, você pode comer a “carne de planta” a qualquer momento. No Rio de Janeiro e em São Paulo, é fácil encontrar hamburguerias que utilizam a carne. Mas se você quiser prepará-la em casa, tudo bem. Já é possível encontrá-la na rede de supermercados Pão de Açúcar também.
O fato é: esta é uma inovação que tem o potencial de, a médio prazo, transformar por completo a cadeia do agronegócio. Por isso tantas empresas, do mundo todo, têm investido nas principais startups ligadas a este tipo de inovação.
A Impossible Foods, que citei acima, já recebeu US$ 687 milhões em investimentos. A Beyond Meat, outra empresa do setor, está avaliada em US$ 3 bilhões.
Toda essa transformação significa que o agronegócio deixará de existir ou será menos relevante? A resposta é não. Mas ele será diferente, muito diferente. E as empresas que entenderem isso e largarem na frente, terão um oceano azul para explorar.
O AgroTech Conference, maior conferência sobre tecnologias para o agronegócio, vai tratar exatamente destes temas. Na terceira edição, o evento vai reunir mais de 1,5 mil produtores rurais, empresários e executivos do setor.
A ideia é que a tecnologia e a inovação devem ser vistas como aliadas – e não adversárias – deste mercado em plena erupção.
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