Accelerator Day: os melhores nomes do mercado te ensinam a investir
Por Lucas Bicudo
8 de junho de 2016 às 12:41 - Atualizado há 6 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Ainda não viu o que aconteceu no painel da ACE, eleita maior aceleradora da América Latina por três anos consecutivos, na manhã do Accelerator Day? Ou o que os empreendedores Carlos Mira (CEO e fundador da TruckPad, eleita a melhor startup do Vale do Silício), Rodrigo Cartacho (CEO e fundador do Sympla, maior site de vendas de ingressos do país) e Samir Iásbeck (CEO e fundador do Qranio, eleito pelo Facebook como melhor aplicativo de 2015), tinham para dizer no período da tarde?
Bem, na sequência, quem dominou o palco foram os investidores-anjo João Kepler, Marco Poli e Camila Farani, ao lado do empreendedor Rodrigo Barros, fundador da HandsOn TV e o cara que teve o insight de criar uma ferramenta capaz de divulgar o ecossistema de empreendedorismo e conectá-lo às outras regiões do mundo. A proposta era trazer uma mesa redonda em que fosse discutido o trabalho do investidor anjo e os pormenores do segmento, tendo como contraponto a visão de um empreendedor do mercado.
Veja também: passo a passo para começar a investir com sucesso em startups
Mas para ficarmos por dentro do que cada uma dessas pessoas falaram durante seus minutos no palco, entendamos melhor o que elas fazem. O Investidor-Anjo é um empreendedor ou um executivo que acumulou recursos suficientes para alocar uma parte, que normalmente corresponde a 5% ou 10% do seu patrimônio, para fazer investimentos de riscos em novas empresas.
O investidor-anjo tem como objetivo aplicar em negócios com alto potencial de retorno e que são capazes de gerar grande impacto na sociedade com sua proposta de valor. O termo “anjo” é utilizado, porque o investidor, nesse caso, não é apenas aquele que irá prover o financeiro requerido pelo projeto, mas sim a pessoa que providenciará todo o apoio necessário para que o empreendedor suceda, através seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamentos. Esse é um conceito conhecido no meio como smart money: o investidor pode apresentar potenciais clientes a esse grupo de empreendedores, ajudar com conhecimento técnico ou vivência profissional de quem já passou por situação semelhante.
O investimento-anjo em uma empresa é normalmente feito por um grupo de até cinco investidores, tanto para diluição de riscos, quanto para a união de esforços e recursos. O investimento total por empresa é em média entre R$ 200 mil a R$ 500 mil, mas pode chegar à cifras de até R$ 1 milhão. Trata-se de uma atividade de alto risco, já que a chance de falha individual é grande, beirando quase os 80%. Por isso é importante investir em mais de uma empresa. Porque o retorno, quando acontece, é gigantesco, compensando as perdas dos outros investimentos.
O engenheiro Marco Poli já tem uma boa milhagem nesse tipo de investimento. Ele entrou na área em 2010, depois de perceber o quão difícil era fomentar a cultura das startups no Brasil. Foi aí que decidiu participar não só com o capital, mas atuando como uma espécie de conselheiro para os empreendedores dos projetos escolhidos.
Para reduzir as chances de perda, ele explica que, além de olhar o potencial da empresa, é primordial analisar a capacidade de execução dos empreendedores que vão tocar o projeto. É uma forma de driblar a falta de resultados da empresa, já que vai levar alguns anos para que estes se materializem.
Poli é investidor anjo há 5 anos. É um dos membros mais ativos da Anjos do Brasil, com cerca de 20 startups investidas. Possui forte atuação na disseminação do investimento anjo no Brasil e já esteve do outro lado da mesa, sendo empreendedor serial com 4 startups de experiência. Atua também como mentor e conselheiro de startups.
E como convencer um investidor-anjo a comprar sua ideia?
“Pensa naquela pessoa atraente no balcão do bar. É quase que impensável, por uma urgência física, que você aborde a pessoa e peça para casar com ela. Ninguém faz isso, você sairia como louco ou uma dissimulada. Existe a paquera, existe o flerte, se conhecer, ver se os interesses batem. A questão é: como você pode simplesmente chegar para um investidor e pedir pelo dinheiro dele? É a mesma coisa que pedir um desconhecido em casamento. Para existir qualquer tipo de aproximação entre um investidor e um empreendedor, uma bela relação deve ser preestabelecida. Ambas as partes precisam se conhecer para fazer com que a relação evolua e possamos chegar onde ambos almejamos para nós mesmos”, discursa João Kepler, investidor-anjo de mais de 20 startups.
Veja também: Hangout para você começar a investir com sucesso em startups, com Marco Poli, Pedro Englert e Eduardo Glitz
João Kepler é conselheiro na Anjos do Brasil, associado e mentor na Seed Investimentos, cotista nas aceleradoras 85 Labs e Start You Up, conselheiro da GCSM Global Council of Sales Marketing, empreendedor serial, escritor e autor dos livros “O Vendedor na Era Digital” e “Vendas & Atendimento” e CEO na Plataforma SDI e-commerce ticketing.
Camila Farani, de 34 anos, é uma das principais mulheres na cena do investimento-anjo e empreendedorismo no Brasil. Com discurso inflamado, Farani fez todo o apelo possível para a presença feminina no setor – afinal o número de mulheres que atuam com investimentos é inferior a 1%, realidade que pode e deve ser alterada. Camila criou o MIA (Mulheres Investidoras Anjo), que busca atrair mulheres para investir e empreender em startups no Brasil.
“Mulheres investem muito mais em mulheres e com isso conseguimos mudar tudo”, comenta.
De lá para cá, foi diretora da Mundo Verde, fez cursos de especialização e empreendedorismo na Universidade de Stanford e no Babson College. É co-fundadora e diretora da Lab22, primeiro laboratório de investimento-anjo no Brasil, e presidente da Gávea Angels – que é a associação mais antiga de investimento-anjo no Brasil e promove aporte financeiro, intelectual e de networking para startups de tecnologia -, associação com o propósito de promover o desenvolvimento de startups em solo nacional, tendo mais de 10 investimentos-anjo atualmente.
Já Rodrigo Barros, o contraponto de toda a mesa, que traz o papo mais para próximo do empreendedor, é o cara por detrás da HandsOn TV, Salad Creations, Unifox, Flex-Form e Puro Digital. Atualmente, vem projetando-se também como palestrante, compartilhando o legado de suas experiências com empreendedores e startups. Seu propósito é inspirar pessoas a ampliarem suas perspectivas, saírem da zona de conforto e executarem suas ideias.
“Assim como aconteceu com as diferentes mídias na história do mundo, a distribuição e o consumo de conteúdo começam de forma abrangente e tendem a se verticalizar com o amadurecimento desses meios de comunicação. Isso já estava claro para mim quando criei a HandsOn e, por este motivo, acreditamos na verticalização e personalização da experiência de consumo do empreendedor”, comenta Barros.
Hoje, a HandsOn.TV reúne uma comunidade de empreendedores espalhados por mais de 130 países e conta com um time de 9 pessoas trabalhando mundo afora, em uma forma de gestão horizontal e colaborativa, buscando constantemente inovar na criação de seus produtos. A equipe tem trabalhado para que a plataforma não se limite apenas a vídeos sob demanda. Para isso, tem desenvolvido produtos e iniciativas que agregam ainda mais valor ao portfólio empreendedor.

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