Só metade dos investidores de equity crowdfunding prefere tecnologia
Por Lucas Bicudo
6 de outubro de 2016 às 11:33 - Atualizado há 6 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Pesquisa conduzida pela Din4mo denominada “Investidores de Equity Crowdfunding” com os 4 mil cadastrados na plataforma Broota -, mapeou o perfil dos investidores no Brasil, analisar o tipo de negócio que desperta mais interesse, as principais demandas relacionadas ao processo de investimento e a percepção sobre o impacto social. Alguns dados interessantes surgiram: só 48% destacou preferir investimentos em setores de tecnologia – e descobriu-se que 43% dos investidores atuam primariamente como empreendedores (ou investidores full-time).
O equity crowdfunding é a oferta pública de valores mobiliários que uma empresa disponibiliza para um grupo de investidores por meio da internet. Ao contrário do crowdfunding tradicional, em que a pessoa recebe brindes ou mesmo o produto como recompensa pelo capital aportado, no equity crowdfunding o investidor recebe, como contrapartida, uma participação acionária ou um título de dívida, que pode ser conversível em ações da empresa apoiada.
Para Haroldo Torres, sócio-fundador da Din4mo e também coordenador da pesquisa, a plataforma Broota traz uma enorme oportunidade de bons negócios, que podem ser acessados diretamente por pessoas de diferentes perfis e interesses. O especialista analisa que o papel dos sindicatos de equity crowdfunding nas plataformas – formados por investidores líderes que estruturam e coordenam uma oferta –, como o da Din4mo, é de suma relevância para acelerar a co-criação do processo de desenvolvimento e amadurecimento desta indústria.
“Esse modelo tem auxiliado no fortalecimento de uma cultura de investimento responsável e atrai um capital novo e promissor para um segmento normalmente negligenciado pelos bancos”, afirma.
Segundo Frederico Rizzo, co-fundador do Broota, é interessante notar que o investidor de crowdequity é em grande parte também um empreendedor. “Entre os que investiram, 37% trabalham como sócios de empresas; essas pessoas entendem a importância de retribuir para o ecossistema e possuem interesse genuíno em se conectar com inovações, em especial àquelas com impacto social positivo. O investimento em empresas de capital fechado, o chamado private equity, sempre esteve restrito a investidores institucionais ou altamente qualificados. Por isso, não é de se espantar que o principal motivo pelo qual os entrevistados informaram não terem investido em startups se deve à falta de informação sobre esta nova modalidade de investimento. Isso reforça a importância de educarmos o ecossistema por meio de criação de conteúdos e eventos de capacitação”, discursa.
Destaques da pesquisa:
– Jovens e qualificados: a pesquisa revela que 70% dos entrevistados têm menos de 40 anos; 46,3% têm entre 30 anos e 39 anos; 30,4% têm mais de 40 anos; e 21,5% entre 18 anos e 29 anos. Prioritariamente do sexo masculino (92,5%), grande parte dos que já investiram na modalidade possui pós-graduação (62%). A pesquisa revela que 11,9% contam com mestrado acadêmico ou doutorado; 34,5% têm ensino superior; 50% MBA ou mestrado profissional; e apenas 3,6% contam com ensino médio.
– A análise da ocupação profissional revela que 43% atuam prioritariamente como empreendedores ou investidores; 26,2% dos que já investiram em equity crowdfunding são de empresas privadas e possuem carteira assinada; 37,3% trabalham em empresa privada, como sócios; 12,4% são profissionais liberais; 9,7% são funcionários públicos; e apenas 0,8% aposentados ou pensionistas.
– Os que já investiram em equity crowdfunding diversificam por natureza: média de 3,9 tipos de investimento nos últimos dois anos – sendo 31% em fundos de investimento; 14,9% em derivativos, moedas estrangeiras ou ouro; 11,7% em imóveis ou títulos imobiliários (não inclui casa própria); 11,1% têm participação acionária em startups: 9,5% em títulos ou fundos (CDBs, CRAs); 9,5% em títulos de dívida (inclui debêntures e títulos conversíveis); 6,6% têm poupança; e 5,8% ações cotadas na bolsa. Fundos de investimento, moeda estrangeira, ouro e imóveis são os produtos mais citados.
– A insegurança é o principal motivo que barra o investimento de 37,2%, seguido por problemas com a oferta (dúvidas sobre a rentabilidade) por 21,2%; e custos de investimento (10,3%). Entre os entrevistados, 45% já investiram em empresas oferecidas pela plataforma. Entre os atributos desejados em negócios para investir, o potencial de escala lidera a percepção.
– 73% dos entrevistados declaram não ter um setor de atividade preferido, mas 48% se interessam por negócios que envolvem tecnologia.
– Entre os que já investiram em equity crowdfunding, 23,3% acreditam que o potencial de crescimento e escala das startups são atributos desejados e determinantes para investir; 16,7% apontam a participação de outros investidores ou de empreendedores que já conhecem; 8,4% o estágio de desenvolvimento do negócio; e 8,1% a presença de um investidor de confiança.
– Sobre os atributos do investidor-líder (ou sindicato), a pesquisa mostra que a experiência do âncora e o relacionamento deste com as startups são os fatores mais relevantes na decisão de investir. Entre os que já investiram em equity crowdfunding, 36% destacam a experiência desse profissional da área de investimento; 16% a competência analítica financeira para avaliar a oferta; 15% evidências de engajamento real com a startup; 14% a experiência no setor de atuação da startup; 11% a capacidade de informar o investidor sobre a empresa no pós-investimento.
– Entre os entrevistados que já investiram em equity crowdfunding, um quinto acredita que o estágio do negócio não é uma dimensão relevante para a decisão; 37% priorizam empresas com protótipo ou produto desenvolvido em uma primeira rodada de captação; apenas 6% investem em empresas em estágio pré-operacional.
– O prazo predileto de investimento, para 34% dos investidores, varia entre três e cinco anos; apenas 5% preferem empresas com sete anos ou mais. Para a maioria – 36% dos investidores –, o valor do investimento pretendido é inferior a R$ 5 mil; 26% entre R$ 5 mil e R$ 10 mil; 17% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil; 11% entre R$ 20 mil e R$ 50 mil; e 8% mais de R$ 50 mil.
– Sobre a importância do impacto social, apenas 5% acreditam que a existência desse fator é mais importante do que o retorno financeiro. Porém, para 54% dos investidores, o impacto social positivo é tão importante quanto o financeiro.

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