Startup Moradigna reforma casas em situação precária com pagamento facilitado

Por João Ortega
29 de março de 2019 às 20:06 - Atualizado há 2 anos

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No Brasil, 40 milhões de pessoas moram em casas em condições precárias. Desde a infância, o empreendedor Matheus Cardoso foi uma delas. Durante 20 anos, ele morou no Jardim Pantanal, comunidade da Zona Leste de São Paulo vizinha ao Rio Tietê. O contraste entre o que viveu na periferia com o que viu quando entrou em uma universidade privada foi a inspiração para empreender, em um negócio que impacta a vida de pessoas em situação parecida com a de sua família.
“Universos tão diferentes em alguns quilômetros de distância”, disse o fundador da Moradigna, durante palestra no Construtech Conference, da StartSe. Formado em engenharia civil, com mestrado em políticas públicas de habitação, Matheus fundou a Moradigna com mais dois sócios em 2014, quando tinha 19 anos. A startup é considerada uma inovação em empreendedorismo social.
A Moradigna faz reformas essenciais em moradias insalubres. O produto principal da startup é a Reforma Express: material, mão de obra e gestão por um ticket médio de R$ 4500. O valor pode ser dividido em até 12 vezes, por conta de parceria com empresas de crédito. “São intervenções mínimas, mas que tem um impacto muito grande na saúde e na dignidade das pessoas”, diz Matheus.
A equipe da Moradigna é formada por cinco jovens profissionais, cuja idade média é de 23 anos. Eles fazem a gestão de 15 reformas mensais, que duram em média cinco dias. A construtech já faturou R$ 2 milhões e impactou a vida de mais de 2000 pessoas.
A história de um negócio social
Para Matheus Cardoso, um negócio social está entre uma empresa e uma ONG, pois ele gera lucro com um propósito. Entretanto, o propósito não está restrito a um negócio social: todo empreendedor deve impactar positivamente a vida de seus clientes.
“Quis transformar uma realidade que eu conhecia muito bem, com novas ferramentas e maneiras de fazer negócio que eu descobri mais tarde”, conta o empreendedor sobre o início da startup. “O primeiro pedreiro foi meu padrinho e o capital inicial foi o cartão de crédito que eu peguei da minha irmã”.
Para promover um trabalho mais humanizado, a Moradigna conecta antes do início do trabalho os pedreiros, responsáveis diretos pela obra, com a família impactada. “A ideia é mostrar o motivo por que ela precisa da reforma, as necessidades específicas de cada um. Quando a gente cria esse laço de empatia, o negócio é mais bem-feito e gera mais valor”, explica Matheus Cardoso.
Hoje, a empresa atende comunidades na zona leste de São Paulo e tem um projeto protótipo no Rio de Janeiro. A meta, porém, é atingir o Brasil todo. “Enquanto houver moradias insalubres, a Moradigna vai continuar inquieta”, finaliza o empreendedor.

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