“No futuro da medicina, o paciente será o centro”, afirma o médico Leonardo Aguar

Por Tainá Freitas
10 de março de 2018 às 11:42 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
Neste sábado (10), está acontecendo a HealthTech Conference, o maior evento de tecnologia na saúde. Leonardo Aguiar, cirurgião plástico e CIO na Laduo, esteve presente no evento apresentando suas considerações para o futuro da medicina.
Aguiar fez pós-graduação no Instituto Ivo Pitanguy e trabalhou diretamente com o renomado cirurgião plástico, na clínica dele. “Um dia, conversando com o Pitanguy, ele me disse que a cirurgia plástica vai acabar. Ele disse ‘É, meu filho, as coisas estão mudando muito rápido e não será só a cirurgia plástica que vai acabar – a medicina e tudo o que a gente entende sobre a saúde vai acabar’”, comentou Aguiar.
Para Leonardo Aguiar, a forma como tratamos a saúde mudará completamente, realmente acabando com o conceito existente de hoje. “Hoje, o paciente só entra no sistema de saúde quando já está doente. Mas a gente não acorda simplesmente doente de um dia para o outro, passamos por uma série de transformações e alterações que te levam a diabetes, por exemplo. Como trabalhamos isso?”
O empreendedor respondeu a própria pergunta: “Nós começaremos a inovar não só no tratamento da doença, mas no cuidado antes dela. Os estados pré-clínicos são indicadores de ouro. Vamos ajudar a cuidar da doença antes de ela aparecer – é melhor, mais barato e efetivo”. Aguiar apresentou o dado de que, no Brasil, existem 40 milhões de pré-diabéticos, e 25% se tornarão diabéticos em até cinco anos.
Um estudo da UnitedHealth apresentou que, evitando que um paciente pré-diabético se torne diabético, a economia no mercado é de US$ 55 mil dólares. E a tecnologia é um dos principais aliados para garantir a saúde do paciente. “Poderemos ter uma geladeira inteligente que irá controlar se abre a porta ou não de acordo com o que foi consumido no dia anterior. A privada, por exemplo, poderá avaliar a saúde do paciente de acordo com os alimentos que foram consumidos, podendo enviar os dados diretamente para o médico”, afirmou.
E os médicos estão ganhando parceiros na própria análise desses dados. O Project Baseline do Google é um exemplo citado pelo empreendedor. O Projeto diz que já mapeou o mundo, e agora irá mapear a saúde.
Leonardo Aguiar afirma que a medicina como conhecemos está acabando (e mudando) porque a informação que antes estava concentrada no médico agora pode ser facilmente acessada, inclusive no Google. “O problema da Ford não é mais a General Motors, e o problema dos médicos não é mais outros médicos. Agora, é a Amazon, Apple… E o Dr. Google”, comentou o empreendedor, realizando referência aos pacientes que realizam pesquisas a partir do buscador. Já a Amazon se uniu com a JP Morgan e Warren Buffet para trazer soluções em tecnologia pra saúde, enquanto a Apple está abrindo suas próprias clínicas médicas.
O médico comentou que hoje a Coca-Cola está vendendo menos e novidades como o suco verde são encaradas como luxo, pois fazem bem à saúde. “Hoje estamos vivendo o status da saúde, logo começaremos a digitalização, para no final da história atingir a singularidade”.
A singularidade, conceito trazido pela Singularity University (no qual Aguiar foi aluno), acredita em uma possível imortalidade. Leonardo Aguiar citou Ray Kurzweil, um médico ex-diabético que discute o conceito. “Eu descobri que em 2005 o próprio Dr. Kurzweil já tomava mais de 250 tipos de suplementos, como água alcalina e Vitamina D, que tem o poder de tratar doenças autoimunes. É a ciência e a tecnologia corroborando a medicina natural”, finalizou o empreendedor.
[php snippet=5]

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários