Disney fracassou ao tentar montar Parque de Diversões que falava de escravidão
Por Lucas Bicudo
3 de março de 2016 às 12:38 - Atualizado há 5 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Em 11 de novembro de 1993, o então CEO da Disney Michael Eisner, anunciou um projeto chamado “Disney’s America” – um ambiente único e historicamente bem detalhado que celebraria a diversidade, riqueza, inovação e espírito dos Estados Unidos.
Entretanto existe uma bela razão por detrás do fato de você nunca ter escutado a respeito – o grande fracasso que o projeto se tornou. Trata-se de uma das piores ideias desenvolvidas pela staff da Disney, que sempre levantou a bandeira de ser o lugar onde os sonhos se tornam realidade.
Guarde esse jargão da marca, por enquanto. Nas próximas linhas você realizará o quão incongruente é a ideia desse projeto com a filosofia de negócios da Disney.
Apenas 13 meses depois do anúncio do novo parque temático, a companhia teve de recuar com a ideia e colocá-la na gaveta – ou lixo, nesse caso. Isso porque começou a sofrer represálias de seu público, sempre muito fiel a magia criada por Walt Disney e seus personagens e atrações.
O que poderia ser de tão absurdo, aos olhos do público, para que a Disney não fosse capaz de operacionalizar todo um projeto, sabendo de toda sua força e influencia? Bem, o plano, ao simular a história “gloriosa” da nação, era preciso reviver também alguns capítulos que não foram tão “gloriosos” assim… como a escravidão…
Bob Weis, diretor criativo da época, chegou a comentar: “Como você faz um parque sobre a história dos EUA e não fala sobre escravidão? Esse parque irá lidar com os altos e baixos de nossa história. Queremos fazer com que você sinta como era ser um escravo e como era fugir através do subsolo – nesse caso em uma montanha russa.”
Se não só o conceito de transformar escravidão em um parque de diversões já não fosse um absurdo, trata-se de uma falta de visão empreendedora gigantesca por parte de uma das maiores empresas do entretenimento no mundo.
E o povo não comprou. Pelo contrário, bateu de frente. Não aceitou a comercialização de uma das maiores manchas de história do país. Sendo o público da Disney o principal produto de seus parques, a bola fora dada pela staff da época evidencia o conservadorismo na mente de muitos que são considerados empreendedores do mercado.
Além disso, o parque seria situado perto de Washington, no Estado da Vírginia. E “estragaria” áreas históricas onde muitas batalhas da Guerra Civil Americana foram lutadas. Com a insatisfação do público, muitos protestos tomaram conta das estreias dos filmes da companhia, como O Rei Leão, lançado em 1994.
O projeto acabou por marcar um período na história da Disney que deveria ser apagado, tanto no que diz respeito a operacionalização de um projeto absurdo, quanto na falta de visão empreendedora. E ensinam uma grande lição: se o público tem ojeriza a algum projeto, não adianta bater de frente. Principalmente para uma empresa que depende de “magia”.

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