Cientista brasileira cria purificador de água a luz solar e ganha prêmio da ONU

Por João Ortega
18 de setembro de 2019 às 18:57 - Atualizado há 3 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
Aos 15 anos de idade, a baiana Anna Luisa Beserra começou a desenvolver um protótipo de purificador de água não-potável que funciona com luz solar. Na época, ela recebeu uma bolsa para jovens cientistas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do Governo Federal, para o projeto. Seis anos e dez versões do dispositivo depois, a pesquisadora e empreendedora foi reconhecida com o prêmio Jovens Campeões da Terra, principal premiação ambiental das Nações Unidas (ONU) para jovens entre 18 e 30 anos.
O equipamento não requer produtos químicos ou filtros descartáveis. “A gente passa protetor quando vai à praia justamente para nos protegermos contra a radiação ultravioleta”, explica Anna Luisa à reportagem da BBC. “Em humanos, ela causa câncer de pele. Mas, para vírus e bactérias, ela é letal. A gente aproveita a mesma radiação ultravioleta para fazer o tratamento na água, que passa a ser potável”, diz.
O dispositivo foi chamado de Aqualuz e instalado em cisternas na região do semiárido do Nordeste brasileiro. Atualmente, o projeto dá acesso à água potável para 256 pessoas e deve atingir 700 até o fim deste ano. “O dispositivo dura 20 anos, em média, e só precisa ser limpo com água e sabão”, ressalta a cientista e empreendedora.
Empreendedorismo
O Aqualuz consegue purificar dez litros de água em cerca de quatro horas. Segundo a própria ONU, 1,8 bilhão de pessoas não tem acesso à água própria para consumo – o que mostra o potencial de escala do projeto.
Além de realizar a parte de pesquisa e desenvolvimento, Anna Luisa Beserra já se prepara para tornar o Aqualuz rentável. O propósito, ela afirma, é “democratizar o acesso à água potável”.
A premiação da ONU vai custear os primeiros passos do empreendimento. A cientista vai investir US$ 15 mil no aprimoramento da tecnologia, e mais US$ 9 mil em comunicação e comercialização. De acordo com a entidade, o Aqualuz é uma das ideias “mais inovadoras e arrojadas para solucionar os desafios ambientais mais urgentes do nosso tempo”.

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários