Apreender é iniciativa que apresenta ao educador tecnologias para engajar e promover aprendizagem inteligente
Por Lucas Bicudo
23 de agosto de 2016 às 12:29 - Atualizado há 5 anos
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Criado em 2011, o Instituto Inspirare tem como missão trazer inovações que possam melhorar a educação brasileira, através de quatro programas: o Porvir, que difunde tendências e inovações educacionais através de um portal; o Iniciativas Empreendedoras, que fomenta empreendimentos de impacto em educação; o Laboratórios Educativos, que experimenta inovações educacionais na prática; e o Educação Pública Inovadora, que apoia redes públicas de ensino que querem inovar em escala. Recentemente, lançou a plataforma Apreender, para orientar empreendedores da área educacional.
“A ideia é apresentar ao educador tecnologias para engajar e promover a aprendizagem dos seus alunos, ou que possam contribuir para melhorar a gestão escolar. Na Apreender, ele vai encontrar recursos digitais para incrementar sua prática pedagógica e poderá também avaliar esses recursos”, explica Ana Flávia Castro, que gerencia a plataforma.
O sistema conecta desenvolvedores e educadores, de forma a facilitar a inovação no setor, uma vez que, segundo Adriana Cury Sonnewend, diretora da escola Santi, de São Paulo, “ninguém melhor do que alunos e professores para saberem dos problemas que precisam ser solucionados”. As soluções tecnológicas criadas pelos empreendedores precisam ser validadas pelo professor, já que cabe a eles decidir com que propósito as usar.
Além de apresentar uma lista de soluções com filtros e orientações que podem ajudar a escolha do educador, a Apreender sugere a avaliação e validação das soluções pelos profissionais da área.
“Essa avaliação é fundamental para que projetos inovadores estejam alinhados com problemas reais no processo de aprendizagem. Mais do que isso, a avaliação e validação desses atores-chave também podem inspirar outros educadores a contribuir, testar e aperfeiçoar as soluções”, continua Ana Flávia.
Em São Miguel dos Campos, a 70 quilômetros de Maceió, o Inspirare apoiou a startup Meu Tutor, que, em 2015, criou um software e o implantou em oito escolas municipais. A ferramenta auxiliou cerca de 800 alunos na aprendizagem de português e matemática, com o objetivo de prepará-los para a Prova Brasil, realizada pelo Ministério da Educação no mês de novembro.
Para motivá-los, o software continha elementos de jogos para a resolução das questões, como pontuação, níveis, troféus e rankings. Além disso, poderia ser utilizado não apenas nos laboratórios das escolas, mas em qualquer telefone celular com tecnologia 3G.
O diretor executivo da Meu Tutor, Endhe Elias, destacou como fundamental para o sucesso dessa etapa do projeto o engajamento dos 22 professores das escolas envolvidas. Para acompanhar o desempenho dos alunos, os professores recebem em tempo real relatórios de aprendizagem e os resultados também são disponibilizados para a direção das escolas e para a secretaria de Educação do município.
“Toda essa estratégia deu certo”, diz Elias. Segundo ele, a média de aprendizagem dos alunos dentro da plataforma foi de 40,8%, num universo de 80 mil resoluções de questões.
Edmildo Duarte, professor de matemática na escola Rui Palmeira, vem trabalhando com o software da Meu Tutor desde 2015, quando a turma do 9º ano se preparou para a Prova Brasil. Este ano, ele já começou o trabalho com a turma do 8º ano, que fará a edição de 2017 do mesmo exame.
“O aluno passa a ver a tecnologia como algo que lhe possibilita um novo ambiente. Hoje em dia, é praticamente impossível dizermos que só quadro e giz são suficientes para o ensino: a tecnologia é fundamental, porque os alunos não são os mesmos de dez anos atrás”, diz o professor.
Outra vantagem, para Edmildo, é a liberdade para o aluno fazer os exercícios de acordo com seu tempo. Por que a liberdade de horário é importante? Para o professor, é simples: o aluno precisa encarar o estudo com prazer e, às vezes, a rigidez da grade escolar não permite isso.
“Em matemática, é preciso muita concentração. Pode acontecer de, naquele dia, o aluno estar doente e não conseguir se concentrar na aula. Sem estar bem, ele não vai assimilar aquele conteúdo; mas conseguirá num outro horário”, finaliza.
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