“As escolas hoje funcionam com uma mentalidade militar”
Por Paula Zogbi
3 de fevereiro de 2016 às 09:41 - Atualizado há 5 anos

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SÃO PAULO – Em alguns meses, a escola pode ser o lugar em que as crianças e adolescentes mais gostam de estar. Ou pelo menos é isso o que pretende Kiko Sobrino, arquiteto e designer especialista em projetos para ambientes escolares.
Kiko foi contratado pelo grupo espanhol Santillana para a realização do projeto SmartLab, que promete revolucionar as escolas de todo o Brasil.
O projeto, que usa o conceito de interatividade e trabalho em conjunto dos coworkings e pretende criar espaços dentro de escolas que não necessariamente modifiquem a dinâmica das aulas e, principalmente, não prejudique a relação entre professores e seus alunos.
“A escola no Brasil ainda é o que era há 15, 20 anos, do ponto de vista de infraestrutura, hardware, conexão e conforto”, explica Kiko, que acredita que não é à toa que os alunos não queiram passar o tempo nas salas de aula.
A ideia é relativamente simples: com um investimento que parte de R$18 mil – para uma sala de 42m² – qualquer colégio do Brasil pode instalar uma sala com o design e as tecnologias dos Smart Labs, de acordo com o designer. “Não é caro, é o que se gasta atualmente. Pode ser em uma sala de informática, biblioteca, sala de música, qualquer espaço que o colégio tiver para usar”, diz.
A partir daí, a equipe passa a acompanhar a evolução e auxiliar no que for possível referente à aplicação desse formato de educação. “Não queremos perder o lado analógico, que é a interação que o aluno tem com o professor. O que queremos é que esse professor interaja com os alunos dentro desses espaços de convivência e coworking”, comenta o designer.
Com esse investimento, o Santillana pretende ajudar na transformação da educação das crianças brasileiras. “Hoje, a escola forma o profissional para que ele persiga uma carreira”, explica Kiko. “Nos EUA, o espírito de trabalho colaborativo e empreendedorismo já está muito mais enraizado. É isso que buscamos com o nosso projeto”.
Em outras palavras, em vez de sonhar em ser “um bom médico/arquiteto/engenheiro”, as crianças que usarem espaços colaborativos e tecnológicos também aprenderiam a ser empreendedoras.
Para isso, o projeto deve, além de conectado, ter uma boa aparência.
“Por que as pessoas querem ficar horas e horas num café Starbucks? Por que a produtividade de empresas como o Google é enorme?”, questiona, e responde, ele mesmo: “o ambiente é agradável. É claro, confortável, as pessoas se sentem bem quando estão lá. É nisso que nos inspiramos para o projeto das escolas”.
Um produto nele mesmo
Atualmente, há escolas implementando o projeto em Brasília e Osasco, de acordo com Kiko. A intenção é que em 6 anos, o projeto consiga alcançar a maioria das 30.000 escolas brasileiras. Entretanto, em um “ambiente ideal”, Kiko afirma que “adoraria que a ideia fosse pulverizada por si só, atingindo entre 40 e 60 escolas por mês”.

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