Eleições 2018: Marina planeja estreitar laços do Brasil com Vale do Silício

Por Da Redação
29 de setembro de 2018 às 00:22 - Atualizado há 2 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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A StartSe iniciou uma série de análises sobre os planos de governo dos principais candidatos à presidência do Brasil. O objetivo é conhecer suas propostas sobre tecnologia, inovação e empreendedorismo, temas centrais para o desenvolvimento de nosso País. Após os candidatos Guilherme Boulos, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles serem analisados, agora é a vez de Marina Silva.
Nos próximos dias, teremos matérias sobre as propostas de Álvaro Dias (PODEMOS). Todos esses presidenciáveis foram convidados a dar entrevistas em vídeo, mas apenas João Amoêdo (NOVO) aceitou o convite até agora – os outros declinaram por incompatibilidade de agenda.
Marina Silva já fez parte do Partido Revolucionário Comunista e do PT. Foi vereadora, deputada estadual e, em 1995, com 36 anos foi a mais jovem senadora eleita no país, tendo renovado o mandato até 2011. Foi ministra do Meio Ambiente de 2002 a 2008, quando deixou o cargo. Em agosto de 2009, Marina trocou o PT pelo PV e se lançou como candidata à Presidência da República. Não ganhou e, em 2013, fundou o seu novo partido: Rede Sustentabilidade.
Investimento em inovação: das universidades às empresas
A candidata da Rede promete aumentar ao longo dos quatro anos de mandato os investimentos para pesquisa e inovação a 2% do PIB, de acordo com a meta da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Como parte dessa meta, ela planeja recriar o Ministério da Ciência e Tecnologia, assim como estimular a economia criativa, promovendo a organização de redes, oferecendo apoio a startups, diminuindo a burocracia e ampliando o acesso à crédito.
Também, o governo buscará a ampliar o acesso ao ensino superior, mantendo a política de cotas, assim como fará a aproximação da política de CT&I do ensino superior. Segundo o plano de governo da candidata: “Investir em CT&I é condição para o desenvolvimento do país e nossas universidades devem ser desafiadas a realizar pesquisas que contribuam para a superação de nossos problemas sociais, ambientais e econômicos. Nenhum país terá como alavancar seu desenvolvimento sem promover a disseminação da ciência, inovação e tecnologia no âmbito da sociedade”.
Já em relação às empresas, as principais propostas são eliminar barreiras tarifárias e não tarifárias para importação de equipamentos, materiais, insumos e serviços, utilizados em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Também, pretendem atrair talentos estrangeiros que tenham interesse de trabalhar no Brasil, assim como incentivar a colaboração universidade-empresa e a reorientação das linhas de crédito do BNDES para financiamento de inovação, microcrédito e projetos de impacto socioambiental.
Empreendedorismo em foco
Como forma de tornar a economia mais dinâmica, Marina Silva propõe que seja criado um ambiente de negócios melhor, facilitando a abertura e fechamento de empresas, desburocratizando processos, reduzindo insegurança jurídica e incertezas regulatórias e estimulando o empreendedorismo e, como já citado, a inovação.
Algumas das ações da candidata serão o acesso fácil ao microcrédito, assim como ações voltadas para promover a capacitação e orientação dos empreendedores para a gestão de negócios. Em relação à promessa de desburocratização de processos, a solução será a ampliação de serviços integrados por meio eletrônico.
Já quando o assunto é geração de empregos, foco central das políticas econômicas e sociais do governo, a proposta é diminuir os custos de contratação do trabalho formal e orientar os programas sociais à inserção produtiva. Segundo o plano de governo, Marina Silva pretende recuperar a capacidade de investimentos do Estado, priorizando obras de infraestrutura com rápida e significativa criação de empregos formais e que favoreçam as perspectivas de crescimento da economia no médio e longo prazo, em especial, obras de saneamento e transportes.
Suporte a fintechs
A candidata da Rede, com o objetivo de reduzir o custo do crédito e incluir a população mais pobre nos serviços bancários, promete desconcentrar o sistema financeiro brasileiro, promovendo mais competição entre os players, sejam eles grandes ou pequenos.
No caso, a atuação desse governo iria focar em estimular a inovação no sistema financeiro, dando suporte às fintechs e promovendo gradual digitalização dos meios de pagamento, como forma também, segundo seu plano de governo, de combater a evasão fiscal, a corrupção e a lavagem de dinheiro. Outra atuação da candidata será o apoio aos bancos comunitários e à criação das moedas sociais, a fim de dinamizar e impulsionar o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais.
Além da fronteira: Vale do Silício, Baviera e África
Com o objetivo de aumentar a interdependência econômica, tecnológica, política e cultural entre América do Sul, América do Norte, União Europeia e Leste Asiático, a candidata planeja investir no fortalecimento da relação entre países e regiões estratégicas. Segundo seu plano de governo: “Vivemos num mundo em que cresce cada vez mais a importância da tecnologia, por isso a política externa dedicará uma atenção especial à nossa relação com as sub-regiões do mundo que estão na fronteira da inovação tecnológica (em particular da inteligência artificial e da manufatura 4.0), como por exemplo o Vale do Silício na Califórnia e Baviera na Alemanha”.
Mas a candidata à presidência não planeja se apoiar somente em regiões desenvolvidas: um dos seus grandes focos é a África, continente que cresce rapidamente tanto econômica quanto demograficamente. Segundo ela, a relação com o continente não deve ser de “falsa ‘ajuda'”, mas sim de parceria. “Vamos criar um ambiente favorável para que empresas brasileiras participem do processo de transformação produtiva e do desenvolvimento sustentável da África”, afirma o plano.

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