Ex-cônsul de inovação no Vale do Silício discute o papel da diplomacia

Por Tainá Freitas
4 de dezembro de 2017 às 14:39 - Atualizado há 3 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Juliano Alves Pinto foi cônsul no Vale do Silício para assuntos de ciência, tecnologia, investimentos e inovação. Ele permaneceu na cidade de São Francisco entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016. Durante seu período como cônsul, ele viu a ascensão de muitas empresas e atuou para aproximar o Vale do Silício e o Brasil.
“Esse período de quase quatro anos me trouxeram uma experiência muito interessante sobretudo em relação ao Brasil, como o país se posiciona nessa nova maneira de fazer negócio. O Brasil tem muitas potencialidades, mas também tem muitos desafios”, afirma o ex-cônsul. Para ele, o país é reconhecidamente criativo e talentoso.
Ele viu a comunidade brasileira ser valorizada no Vale do Silício pela sua atuação, desejando trazer as inovações lá vistas para o Brasil. O desafio do diplomata é ser a ponte para tornar essas inovações possíveis, facilitando as negociações entre os agentes dos países.
“Foi possível construir parcerias importantes de inovação. Uma delas foi a da Universidade Federal de Minas Gerais com a universidade da Califórnia em Berkeley. (…) Correr atrás de oportunidades é o que mais me fascinou no tempo que eu fiquei lá”, comenta Juliano Alves Pinto.
A parceria entre as universidades merece destaque porque a UC Berkeley é uma das principais universidades no Vale do Silício. Em São Francisco, desde a graduação os alunos aprendem a serem mais empreendedores, pois essa é a mentalidade daquele ecossistema. “Não existe no Brasil uma cultura de empreendedorismo dentro da universidade que permita o pesquisador se sentir confortável em submeter patentes e abrir empresas”, afirma o ex-cônsul.
O cenário brasileiro é oposto ao do Vale do Silício, onde alunos começam as primeiras experiências empreendedoras ainda na graduação. Um exemplo tangível e gigante é o próprio Google, que foi criado quando os fundadores eram estudantes de Stanford.
Já a função do diplomata de agir como um facilitador para inovações, o ex-cônsul chama de “Diplomacia da Inovação”, conceito que está trazendo para o país atualmente através de um projeto-piloto em Belo Horizonte, que leva o mesmo nome.
“Atuamos como um facilitador do lado de cá, ouvindo as demandas das empresas, que podemos canalizar no exterior usando a rede de embaixadas e consulados do Itamaraty”, explica.
A função de “ponte” realizada pelos diplomatas é interessante para empresas que desejam sair do Brasil e ter uma noção melhor do que as esperam fora do país. Ao mesmo tempo, a diplomacia também é a porta de entrada para empresas estrangeiras começarem a atuar no Brasil. É possível acontecer uma aproximação de ecossistemas – como aconteceu com o Brasil e Vale do Silício – em que os dois ganham com a relação, aprendendo um com o outro. O compartilhamento de experiências e o estreitamento das relações geram uma mudança de mindset sentida pelo país inteiro.
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