Open Innovation BR: o grupo que estimula executivos de corporações a inovar

Por Tainá Freitas
11 de abril de 2018 às 17:02 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Há pouco mais de um ano, o Open Innovation BR surgia em um grupo de WhatsApp. Como a plataforma sugere, o Open Innovation foi criado de forma orgânica e informal. O objetivo era o compartilhamento de experiências de sucesso e fracasso de executivos. O resultado foi ainda melhor: o estímulo da inovação aberta em empresas estabelecidas e corporações.
Alexandre Mosquim (Votorantim Cimentos), Alexandre Grenteski (Renault/Nissan), Bernardo Estefan (Oito – Oi Telefonia) e Daniel Lange (Bosch) criaram o grupo para discutir as próprias experiências, compartilhando erros e aprendizados. “Percebemos que não fazia sentido nos conectar apenas com startups, mas também empresas com empresas – essa necessidade existe desde sempre”, comentou Alexandre Mosquim, head de Open Innovation da Votorantim Cimentos. Conheça como empresas podem se associar com startups aqui.
O grupo no WhatsApp cresceu, possibilitando mais conexões e trazendo cada vez mais informações relevantes, até que atingiu a lotação máxima de 256 membros. Como alternativa, o grupo migrou para o Slack – uma ferramenta de integração de equipes – para comportar mais de 400 pessoas, onde é encontrado atualmente. O terceiro passo foi transpor a barreira do mundo online, trazendo o grupo para o mundo físico.
O primeiro encontro Open Innovation BR foi no dia 23 de março de 2017, no Rio de Janeiro, e contou com 20 participantes. O Rio de Janeiro foi a cidade escolhida porque alguns dos executivos do grupo estavam na região devido a uma reunião em comum.
“A nossa intenção não era fazer eventos, mas reunir empresas para compartilhar conhecimentos, melhores práticas e falhas. Chegamos a fazer discussões em que contávamos os nossos maiores fracassos – e esses casos foram mais ricos do que alguns casos de sucesso, o que também é bem interessante”, comentou Alexandre Mosquim.
O segundo encontro aconteceu em 17 de novembro, em São Paulo, no CUBO, co-working voltado à startups e inovação do Itaú, e reuniu cases da Votorantim, Unilever, CISCO e Porto Digital. A inovação foi discutida dentro e fora do ecossistema brasileiro, com representantes de Israel e China. O evento foi sediado pela AES.
A terceira edição do encontro voltou ao Rio de Janeiro, e contou com cases da OI, Raízen, Sicoob e TV Globo. No evento, a inovação cooperativa e a cultura de inovação foram pauta, além das próprias experiências das empresas com inovação aberta.
Os encontros reúnem players do ecossistema empreendedor, como startups, mentores, corporações e até mesmo o governo. Como um programa de inovação aberta, está disponível para qualquer pessoa que quiser participar – todos os eventos são gratuitos e transmitidos online.
O quarto encontro acontecerá em breve, no dia 16 de abril, em Curitiba, Paraná. O tema do encontro é transformação digital – empresas como Renault, Eletrolux, Aker Solutions e Rumo discutirão como utilizam a tecnologia para potencializar resultados. Outras empresas, como o Grupo Marista, Bosch e Brain (Instituto de Ciência e Tecnologia fundado pela Algar Telecom) discutirão a principal alavanca da inovação: a cultura. Inscreva-se para o evento aqui!
Depois de Curitiba, a próxima cidade a sediar o Open Innovation BR é, novamente, São Paulo. A intenção do grupo em 2018 é alcançar mais cidades do país, como Recife, Belo Horizonte, Goiânia, entre outras. Entre no grupo do Slack para manter-se informado sobre as próximas datas e iniciativas do Open Innovation BR.
A inovação é discutida sob diversas óticas pelo Open Innovation, o que reflete a pluralidade de voz existente na organização. Discussões desde o impacto social da inovação pra organizações sociais até os melhores locais para empreender são pauta no grupo.
Mas uma das maiores riquezas do Open Innovation são as dicas e experiências compartilhadas – pelo menos é o que afirma Alexandre Mosquim. O head de Open Innovation da Votorantim Cimentos afirmou que a troca de informações já o ajudou na busca de algumas soluções oferecidas por empresas, porque integrantes do grupo sugeriram nomes e descreveram como foi o trabalho realizado. “Apesar de termos começado agora, já deixamos de cometer muitos erros porque conversamos e compartilhamos experiências com outras empresas”, comentou.
Na prática, o Open Innovation é um grupo orgânico de inovação aberta que não traz um manual de boas maneiras e regras a ser seguidas, mas dicas para começar a inovar e como não cometer os mesmos erros de colegas. É por isso que o material abordado em todos os encontros é compilado para posterior disponibilização.
“Queremos usar o acesso à informação para desmistificar uma série de coisas. Quando falamos sobre inovação aberta, algumas empresas ainda estão tateando, começando e conhecendo. A ideia é disseminar a informação para todos – mesmo para as empresas que já estão trabalhando com isso, é muito importante ter um espaço como esse”, comentou Mosquim.
Colaboração x concorrência
Um dos pontos mais importantes da inovação aberta é que ela é capaz de quebrar barreiras, colocando concorrentes para trabalhar em conjunto. “Dentro do ecossistema de inovação aberta, as vezes a concorrência é positiva”, comentou Mosquim. “Por conta dessa facilidade e abertura, as empresas estão se conectando com mais facilidade a quem realmente faz bem para um ponto x ou y”.
As empresas ainda estão engatinhando e começando a se relacionar a partir da nova percepção. Mas, assim como startups estão se associando com empresas apesar da concorrência, a tendência é que o mesmo aconteça com os grandes players. Ao menos, é o que já vem acontecendo com gigantes do Vale do Silício como a Apple, Amazon, Google, IBM e Microsoft, que uniram-se na pesquisa de inteligência artificial.
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