Lime, empresa de patinetes elétricos investida pela Uber, chega ao Brasil

Por Tainá Freitas
2 de julho de 2019 às 12:16 - Atualizado há 2 anos

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A Lime, empresa global de micromobilidade urbana, chega ao Brasil nesta terça-feira (2). Os patinetes elétricos já podem ser encontrados em alguns bairros de São Paulo e na quinta-feira (4) no Rio de Janeiro. A empresa espera chegar em outras cidades em breve.
O usuário terá o custo de R$ 3 para destravar o patinete e R$ 0,50 por minuto utilizado. Em São Paulo, os veículos estarão inicialmente disponíveis em Pinheiros, Vila Olímpia, Itaim, Brooklin e Vila Nova Conceição. Já no Rio de Janeiro, podem ser encontrados no Leblon, Copacabana, Ipanema e em todo o trecho Leme-Gávea.
Presente em mais de 100 cidades e 25 países, a empresa contabiliza mais de 65 milhões de corridas realizadas no mundo. No Brasil, ela pretende trazer uma opção de transporte mais sustentável (por ser elétrico) e que redefina a mobilidade nas cidades. Ela passa a concorrer com a Grin e Yellow, maiores empresas de patinetes presentes no país.
A Lime também está trazendo seu programa “First Ride Academy”, em que os early adopters podem aprender como andar com os patinetes elétricos. Segundo pesquisas da empresa, 33% dos acidentes acontecem nas primeiras viagens.
Com o slogan de #UnlockLife, a empresa global já estabeleceu algumas metas para os próximos três meses: impactar mais de 300 mil pessoas por dia em seus canais, oferecer mais de 300 treinamentos presenciais por cidade.
“Somos os líderes globais porque nos comprometemos localmente. A primeira coisa que fazemos ao chegar em um novo local é fazer parcerias com governos para discutir regulamentação, infraestrutura e necessidades da cidade”, comentou Joe Krauss, presidente da Lime, no evento de lançamento.
Apesar do início de operações apenas em julho, a Lime tem conversado com o governo de São Paulo desde outubro do ano passado. O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro, quando iniciou o contato com o governo local em novembro de 2018.
Além do contato com o poder público, a empresa possui, como estratégia de expansão, parcerias com ONGs e grandes companhias, como o Google. Os usuários poderão visualizar rotas com os patinetes elétricos da Lime a partir do Google Maps, que irá priorizar os caminhos com ciclovias e ciclofaixas e irá calcular informações como valores e tempo de percurso. Como nos concorrentes, os usuários poderão utilizá-los e estacioná-los nas calçadas, em locais propícios que não atrapalham o trânsito.
O interesse no Brasil
A Lime escolheu o Brasil devido aos congestionamentos existentes nas cidades. Na América Latina, ela já opera no México, Chile, Colômbia e Uruguai, tendo realizado mais de 2 milhões de viagens nesses locais. Agora, além do Brasil, a empresa está expandindo para a Argentina e Peru.
“O Brasil é um país interessante para a Lime pelo tamanho das cidades, alto nível de densidade urbana e congestionamentos – Rio de Janeiro e São Paulo são duas das cidades mais congestionadas do mundo”, afirma Demetrios Christofidis, diretor geral da Lime na América Latina. No entanto, a empresa não considera as cidades brasileiras totalmente preparadas para receber os patinetes – assim como a maioria não estavam preparadas para os carros.
“Precisamos expandir as áreas, ciclovias, para que a micromobilidade que está sendo desenvolvida tenha mais espaço. Semana passada estávamos em Berlim, na Alemanha, discutindo segurança. O que podemos trazer de mais forte são as melhores ideias e o que tem sido feito de melhor no mundo – desde a tecnologia em si até o investimento em equipamento de segurança”, explicou Christofidis.
Integração com a Uber?
No ano passado, a Uber e a Alphabet (holding do Google) participaram de uma rodada de investimentos de US$ 335 milhões na Lime. Com o aporte, a Uber passa a ser uma das investidoras – e consequentemente, parceira – da empresa de patinetes elétricos.
Nesta segunda-feira (2), as empresas integraram suas soluções e agora usuários de Atlanta, Geórgia e San Diego, nos Estados Unidos, poderão usar os patinetes elétricos da Lime através do aplicativo da Uber. Por enquanto, a integração só está disponível nessas cidades, sem expectativas de expansão – inclusive para o Brasil.

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