Investidores estão olhando mais para América Latina – e o Brasil é o líder

Por Tainá Freitas
26 de julho de 2018 às 14:39 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
2018 foi o ano em que o Brasil ganhou seus primeiros unicórnios. Tudo começou quando a 99 foi adquirida pela gigante chinesa Didi Chuxing no primeiro dia do ano, seguida pelo Nubank no dia 1 de março. Essa mudança é um reflexo de algo que já vem acontecendo há alguns anos no país e em toda a América Latina: o aumento de interesse de investidores. Desde 2012, o número de investimentos na região quase triplicou.
Desde 2012, startups de tecnologia da América Latina já levantaram mais de US$ 5,8 bilhões em investimentos. Entre os investidores, estão grandes nomes como Andreessen Horowitz (sim, um dos primeiros investidores do Facebook), Sequoia Capital e DST Global (investidores do Nubank). O número de investimentos na região chegou ao seu maior nível até então no ano passado. Foram mais de 379 acordos fechados, o que trouxe US$ 1,35 bilhão em aportes para a região.
Felizmente para nós, o Brasil é o país que está tendo a melhor desenvoltura na América Latina. Entre 2012 e 2018, o CBInsights mapeou 721 acordos no país. Em segundo lugar vem o México, com 235 negócios. O número é bem diferente e impacta também no valor das negociações – naturalmente, o Brasil também é o país que levantou a maior quantia em investimentos na região – desde 2012, US$ 4,2 bilhões em aportes entraram em terras tupiniquins.
O maior valor em investimento nos surpreende apenas no segundo lugar, em que a Argentina ultrapassou o México, apesar de ter tido menos negócios fechados. A Argentina recebeu US$ 600 milhões em investimentos, enquanto o México recebeu US$ 570 milhões em aportes.
O protagonismo brasileiro
A Argentina também ultrapassa o Brasil na maior rodada de investimentos desde 2012. O país lidera essa lista com o investimento de US$ 270 milhões recebido pela Decolar pela Expedia, em 2015. Dois anos depois, a startup se tornou pública, realizando sua primeira oferta de ações, sob o valuation de US$ 1,7 bilhão – a Argentina também tinha um unicórnio antes de nós.
Mas a segunda maior rodada de investimentos da América Latina é brasileira, no valor de US$ 190 milhões. A Ascenty, startup de fibra óptica, recebeu o aporte em março de 2017. Das 10 maiores rodadas de investimentos da região, 8 são brasileiras – e os unicórnios Nubank e a 99 estão inclusos nessa. Em janeiro deste ano, o Nubank recebeu US$ 150 milhões em uma rodada série E dos fundos DST Global e Founders Fund – rodada que a coroou como unicórnio. No total, a startup já levantou US$ 605 milhões em investimentos.
Já a 99 levantou duas rodadas de cerca de US$ 100 milhões, ambas em 2017.A primeira rodada foi uma série C com a Didi Chuxing – que adquiriu a startup e a tornou um unicórnio no início deste ano – e outra um private equity com o grupo Softbank.
Outras empresas brasileiras que figuram a lista das maiores rodadas são a Netshoes e Movile. Veja a lista completa:
A América Latina sem o Brasil
Os investimentos são menores quando excluímos o Brasil da América Latina – e o México passa a ter 50% dos maiores negócios, enquanto a Argentina figura com 30% e a Colômbia, local onde foi criado o Rappi, com 20%.
O Rappi é o maior responsável por trazer investimentos para a Colômbia. No primeiro semestre deste ano, a startup levantou US$ 185 milhões em uma rodada série C que incluiu Adreessen Horowitz, Sequoia Capital e o serviço alemão Delivery Hero.
Já o México segue o Brasil como país onde aconteceram o maior número de investimentos principalmente devido ao e-commerce Linio, que levantou US$ 79 milhões em uma rodada série C em 2014 e US$ 55 milhões na rodada seguinte, em 2016.
Investidores com maior interesse na América Latina
Historicamente, o Tiger Global Management, 500 Startups e Endeavor Catalyst são os fundos de investimentos que mais atuam na América Latina. Como aceleradora, a 500 Startups também é uma das mais ativas – seguida pela Y Combinator.
Os Estados Unidos começaram a ter um olhar mais interessado na América Latina – desde 2015, o número de negócios apenas cresceu -, mas investidores de outros países do mundo continuam possuindo maior interesse na região.
E não é apenas o mundo que está de olho na América Latina, mas investidores advindos da própria região também. 2017 foi o ano com maior atividade dos investidores da América Latina – 50% dos participantes das rodadas, mais precisamente. Seguindo a tendência, o Brasil não é apenas o país que mais recebe investimentos, mas é quem mais investe também: 60% dos investidores da América Latina são brasileiros.
Essa tendência não para por aqui!
Segundo a CBInsights, podemos confiar que o Brasil continuará sendo o local com mais investimentos da América Latina. Em 2016 e 2017, 60% das rodadas foram em terras brasileiras – o investimento no país quase dobrou neste período, de US$ 605 milhões para US$ 1,15 bilhões em 2017.
A Colômbia também é um país que experimentou crescimento na área de investimentos. Em 2013, o país havia recebido apenas três aportes – em 2017, esse número chegou a 38 – o maior índice até então.
Os números provam, cada vez mais, que ecossistema de startups brasileiros está em ascensão – e não irá parar por aí! A expectativa é que tenhamos cada vez mais investimentos e, por que não, unicórnios.
E o mais legal ainda é que as aportes não estão vindo apenas de estrangeiros, mas do próprio Brasil. Em janeiro de 2017, empreendedores de importantes startups como Printi, Peixe Urbano, 99, Nubank e até do Instagram criaram o Canary, um fundo de investimentos focado apenas no nosso mercado. De acordo com o CBInsights, os investimentos no Brasil e na América Latina não param por aqui.
Fonte: CBInsights
Baixe já o aplicativo da StartSe



Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários