EUA podem criar fundo de US$ 1 bilhão para substituir tecnologia da Huawei

Por João Ortega
25 de setembro de 2019 às 14:28 - Atualizado há 3 anos

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A Câmara de Deputados dos EUA elaborou um projeto de lei que autoriza a criação de um fundo de US$ 1 bilhão para subsidiar a substituição de equipamentos de telecomunicações da Huawei no país. A iniciativa é bipartidária. Democratas e republicanos do Comitê de Energia e Comércio afirmam querer proteger “as redes de comunicação do país de adversários estrangeiros”.
O valor será destinado a operadoras de telecomunicações pequenas (com até 100 mil assinantes) e rurais. Cerca de 25% das operadoras deste porte e segmento, segundo apuração da Reuters, têm equipamentos da Huawei ou da ZTE – outra empresa chinesa na lista negra dos reguladores norte-americanos – em suas redes.
Em maio, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva impedindo empresas dos EUA de usarem equipamentos de telecomunicações fabricados por empresas que “representem risco à segurança nacional”. Desde então, as principais operadoras do país romperam laços com a Huawei. No entanto, algumas companhias menores deste segmento têm dificuldade em substituir os equipamentos chineses por conta do custo mais baixo em relação a peças de fabricantes locais. O fundo bilionário, que será debatido pela Câmara novamente nesta sexta-feira, surge para auxiliá-las neste processo.
Resposta da Huawei
A Huawei, por sua vez, vem adotando estratégias para recuperar a confiança de empresas e reguladores ocidentais, bem como para depender menos deste mercado.
Neste sentido, uma das iniciativas da fabricante chinesa foi afirmar publicamente que estaria disposta a vender toda sua tecnologia para redes 5G a um concorrente do Ocidente. Ren Zhengfei, CEO da Huawei, disse que concederia, por um valor único, “todas as patentes, licenças, códigos, projetos técnicos e know-how de produção” ao comprador.
Algumas semanas antes, em comunicado interno, Ren disse aos seus funcionários que a empresa passaria por uma reestruturação dentro dos próximos três a cinco anos. O objetivo é criar um ecossistema próprio de suprimentos para acabar com a necessidade de importar tecnologia dos EUA.
Neste sentido, a Huawei criou o Harmony OS, um sistema operacional próprio que pode substituir o Android, do Google, nos dispositivos da marca chinesa. Por enquanto, o software ainda está incompleto e foca em equipamentos com Internet das Coisas (IoT), mas deve ser desenvolvido até ser equiparável ao Android para celulares e tablets.

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