Entenda como o mandarim ajudou a China a se tornar líder em pagamentos mobile

Por Da Redação
3 de Maio de 2019 às 10:56 - Atualizado há 2 anos

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Por Danilo Augusto Correia da Silva
As fintechs estão revolucionando o setor financeiro na China, e os novos meios de pagamentos lideram esta transformação. Em 2018, mais de US$ 10 trilhões circularam através de pagamentos mobile no país asiático – cerca de dez vezes mais do que nos EUA. Entre os motivos por trás da rápida adoção das novas tecnologias estão: a impopularidade dos cartões de crédito/débito físicos, a disponibilidade de smartphones de custo baixo e as suas especificidades culturais.
Atualmente, a maioria dos mobile payments na China são feitos por QR Codes de duas principais maneiras. O comprador pode possuir seu próprio QR Code, que é escaneado pelo lojista e uma solicitação de débito é gerada para o cliente. Ou o lojista pode ser escaneado pelo comprador. A segunda maneira é mais digital, pois não requer a “maquininha” ou qualquer hardware além do smartphone.
QR Code: a solução
A popularidade do QR Code na China não é por acaso ou por conta de sua praticidade apenas, mas também por razões culturais.
Por mais avançada que a web esteja, ela ainda não está completamente moldada para o mercado asiático devido à impossibilidade de ter URLs com os caracteres do mandarim. Dessa forma, ao invés de adotarem os caracteres ocidentais, as empresas chinesas passaram a usar números cuja fonética fosse similar a seus nomes. O Alibaba, por exemplo, ficou com a URL 1688.com, na qual a pronúncia em chinês é Yīliùbābā, próximo ao nome da companhia.
Apesar do relativo sucesso dos URLs com numerais, eles não são práticos o suficiente para o dia a dia do chinês. Surgiu então o QR Code, que começou a ser amplamente usado em campanhas publicitárias que divulgavam o site do produto anunciado. O seu boom, no entanto, aconteceu quando o WeChat o integrou como um de seus recursos em 2012. No principal aplicativo de mensagens, a ferramenta se popularizou por todo o país, se tornando parte da rotina chinesa.
Portanto, as “barreiras culturais” da língua chinesa foram, de certa forma, decisivas para o desenvolvimento da revolução financeira tecnológica no país. Por conta delas, a popularização dos QR Codes concretizou-se, e, por consequência, preparou o país para essa vasta mudança na forma de pagamento. Hoje, para um cidadão chinês, utilizar um QR Code para pagar por suas compras é tão natural quando o cartão físico para um ocidental – e muito mais prático.
Danilo Augusto Correia da Silva é especialista em Ciência da Computação e estudante do Worcester Polytechnic Institute em Massachusetts, nos EUA.

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